Ok. Ando com uma preguiça homérica (é assim que se escreve?) de atualizar o blog. De vez em quando eu tenho um monte de idéias, coisas bacanas passam pela minha cabeça, estados de espírito particularmente interessantes que mereciam registro para que daqui alguns anos eu possa me lembrar etc. Mas não adianta. Quando a preguiça toma conta, não há nenhum santo que me faça escrever. Trata-se de uma preguiça mental maior que eu...
Eu acho super bacana aquelas pessoas que conseguem atualizar blog quase todos os dias. Eu mesma, sou uma leitora quase compulsiva de blogs e sempre fico esperando atualizações das minhas páginas preferidas. Mesmo assim, não tem jeito. Decididamente eu não tenho essa disciplina toda. Nem tanta motivação.
Aliás, na minha humilde opinião, blog não tem que ser uma obrigação. Já bastam todas aquelas que eu tenho que lidar quase que diariamente: horários, freqüências (sei que o trema não faz mais parte da gramática oficial, mas gosto tanto dele e fiquei tanto tempo para aprender a utilizá-lo corretamente que pretendo continuar...), regras, convensões e o diabo a quatro.
Hoje, quando eu penso na serventia de um blog pra mim, não vejo nada que faça referência a obrigações. Gosto desse espaço por razões afetivas,mas também pragmáticas. Em primeiro pelos motivos afetivos mais comuns: aqui posso me expressar, colocar algumas idéias pra fora, mostrar que gosto de um vídeo, uma música, que sou azarada, depressiva, ou ainda que estou eufórica, feliz. Isso tudo sem me preocupar se alguém vai me ouvir, se alguém vai ler. Afinal aqui quem manda sou eu e só o fato de escrever já cumpre o papel que me convém.
Ainda na categoria "motivos afetivos", acho interessante poder registrar momentos da minha vida, como nos antigos diários ou agendas adolescentes. Aqui registro opiniões que, quando forem relidas por mim no futuro, será o retrato de momentos particulares de minha história. O interesse é meu e só meu.
Na categoria "motivo pragmático", um blog serve para eu exercitar a escrita e expressão de idéias... Tenho uma dificuldade gigantesca para me expressar e a grana para a análise está cada vez mais curta. Então, acredito que posso agilizar um pouquinho o processo se treinar mais vezes a livre expressão de pensamentos e sentimentos.
Resumindo: eu tenho sim ótimos motivos para atualizar o blog, mas eu tenho também uma preguiça reinante... e a luta de forças continua.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Agora
Música "tudodebom" dos Autoramas. Vale a pena escutar, de preferência no volume máximo. Pena que não tem um video para postar aqui...
Agora minha sorte mudou, agora eu posso ter o que eu sempre quis pra mim
Agora que o tempo passou, agora é fácil ver o que eu posso corrigir
Agora minha sorte mudou, agora eu posso fazer o que eu sempre quis, eu sei
Agora que o tempo passou agora é fácil ver aonde foi que eu errei
Nada mais me impede eu posso ir em frente
Agora é que tem que acontecer
Agora eu vejo que agora é que tem que ser
Agora eu sei o que realmente vale a pena,agora eu sei o que é importante pra mim,
Agora eu sei o que eu realmente quero e assim é bem mais fácil conseguir
Nada mais me impede eu posso ir em frente
Agora é que tem que acontecer
Agora eu vejo que agora é que tem que ser
Agora eu sei o que eu tornei complicado como se eu já não tivesse problemas demais
Tenho percebido como eu tenho mudado e o que me incomodava ficou pra trás
Agora eu enxergo o que me fez perder tempo e o que eu não quero nunca mais ter pra mim
Agora minha sorte mudou, agora eu posso ter o que eu sempre quis pra mim
Agora que o tempo passou, agora é fácil ver o que eu posso corrigir
Agora minha sorte mudou, agora eu posso fazer o que eu sempre quis, eu sei
Agora que o tempo passou agora é fácil ver aonde foi que eu errei
Nada mais me impede eu posso ir em frente
Agora é que tem que acontecer
Agora eu vejo que agora é que tem que ser
Agora eu sei o que realmente vale a pena,agora eu sei o que é importante pra mim,
Agora eu sei o que eu realmente quero e assim é bem mais fácil conseguir
Nada mais me impede eu posso ir em frente
Agora é que tem que acontecer
Agora eu vejo que agora é que tem que ser
Agora eu sei o que eu tornei complicado como se eu já não tivesse problemas demais
Tenho percebido como eu tenho mudado e o que me incomodava ficou pra trás
Agora eu enxergo o que me fez perder tempo e o que eu não quero nunca mais ter pra mim
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Não te quero mais
Chega! Está na hora de dar um basta em nossa história... Eu sabia que esse dia chegaria e, finalmente, ele chegou. Está na hora de assumir de uma vez por todas que a sua presença não é bem vinda.
Eu sei que vivemos muita coisa juntos, que você tem me acompanhado tanto nos momentos de alegria, como também nos momentos difíceis. Você esteve comigo sempre, até mesmo quando eu não te queria por perto...
Mas agora chega! É o momento de dar um basta em nossa relação. Você está perto demais, junto demais e sinto que ocupa cada vez mais espaço em minha vida, em meu corpo.
Esse é o momento decisivo. Agora chega! Não te quero mais, maldita celulite!
Eu sei que vivemos muita coisa juntos, que você tem me acompanhado tanto nos momentos de alegria, como também nos momentos difíceis. Você esteve comigo sempre, até mesmo quando eu não te queria por perto...
Mas agora chega! É o momento de dar um basta em nossa relação. Você está perto demais, junto demais e sinto que ocupa cada vez mais espaço em minha vida, em meu corpo.
Esse é o momento decisivo. Agora chega! Não te quero mais, maldita celulite!
sábado, 6 de setembro de 2008
Para momentos de vazio
Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor, uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Com tanto sentimento, deve ter algum que sirva...
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor, uma emoção pequena
Qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Com tanto sentimento, deve ter algum que sirva...
Arnaldo Antunes (sempre!)
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Tarde surreal
Ontem foi um dia surreal. Eu perdi e ganhei meu emprego em menos de 3 horas (as 3 horas mais longas da minha vida!!!). Foi mais ou menos assim:
Ontem foi dia de pagamento, assim, como uma assalariada comum, saí do trabalho e passei no banco para pagar minhas contas. Paguei minha inscrição em um concurso e já ia pagar minha conta de cartão de crédito quando resolvi olhar meu saldo bancário. Para minha surpresa (e quase surto) havia sido depositado apenas 400 reais em minha conta. Bom, isso não dá pra pagar nem metade do meu cartão, ainda mais as outras contas.
Saí do banco que fica no campus II da universidade, e fui até o campus I, onde poderia encontrar meu contracheque e descobrir o que estava acontecendo. Chegando lá, o contracheque ainda não havia sido mandado, eu teria que esperar até a próxima semana... e até lá todas as minhas contas já estariam vencidas.
Procurei a coordenadora da faculdade, responsável pela minha admissão, e questionei se houve algum problema com meu contrato, redução de carga horária ou algo do gênero. Obviamente ela disse que não e ligou para o DP da universidade. Lá ela descobriu o problema: eu havia sido exonerada, e o que eu recebi era apenas alguns trocados que eu tinha direito pelo término do contrato. Nessa hora eu surtei de verdade!
Ela começou a ligar para alguns órgãos para tentar descobrir o que havia acontecido e recebeu a informação de que houve um erro na lista dos professores a terem o contrato renovado e meu nome não constava. Havia duas hipóteses: o erro foi da minha faculdade (e nesse caso, a reitoria não se responsabiliza, não há o que fazer) ou o erro foi da reitoria (o que era pouco provável, porém menos impossível de resolver).
Enquanto isso eu lá, sentada, com cara de paisagem, escutando a coordenadora ligar para tudo quanto é órgão da universidade. Fui escutando coisas do tipo:
- Mas ela está trabalhando! Como pode ter sido exonerada?
- Pelo menos o mês de agosto que ela trabalhou ela recebe?
- Você está sugerindo que eu dispense a professora e coloque outro substituto em seu lugar?
- Mas eu não abro mão dessa professora, deve haver outra forma.
- A falha foi de vocês e não nossa. Vamos verificar toda a documentação e descobrir o que aconteceu...
Pronto! Estou desempregada, só vou ser chamada para o concurso em novembro, até lá dias de desespero e miséria me acompanharão... que merda!!!
Com um jeito maternal e gentil além do normal, a coordenadora falou para eu ir para casa. Disse que faria o possível para descobrir a origem do problema e tentar resolvê-lo. Enquanto isso, eu deveria descansar e ficar tranquila.
Cheguei em casa e comecei a fazer planos para os próximos dias de total miséria. Algum tempo depois, minha salvadora liga:
- Tudo resolvido, professora. Pode ficar tranquila. Descobrimos que a falha foi na reitoria. Ao passar a lista com o nome dos professores que teriam o contrato renovado, a secretária da reitoria pulou seu nome e por isso você foi exonerada. Como a falha foi da reitoria, o reitor publicará uma portaria te readmitindo. Além disso, será publicada uma segunda folha de pagamento e você receberá retroativamente o tempo que trabalhou...
Ufa!!! Fim da tarde mais surreal dos últimos tempos.
Ontem foi dia de pagamento, assim, como uma assalariada comum, saí do trabalho e passei no banco para pagar minhas contas. Paguei minha inscrição em um concurso e já ia pagar minha conta de cartão de crédito quando resolvi olhar meu saldo bancário. Para minha surpresa (e quase surto) havia sido depositado apenas 400 reais em minha conta. Bom, isso não dá pra pagar nem metade do meu cartão, ainda mais as outras contas.
Saí do banco que fica no campus II da universidade, e fui até o campus I, onde poderia encontrar meu contracheque e descobrir o que estava acontecendo. Chegando lá, o contracheque ainda não havia sido mandado, eu teria que esperar até a próxima semana... e até lá todas as minhas contas já estariam vencidas.
Procurei a coordenadora da faculdade, responsável pela minha admissão, e questionei se houve algum problema com meu contrato, redução de carga horária ou algo do gênero. Obviamente ela disse que não e ligou para o DP da universidade. Lá ela descobriu o problema: eu havia sido exonerada, e o que eu recebi era apenas alguns trocados que eu tinha direito pelo término do contrato. Nessa hora eu surtei de verdade!
Ela começou a ligar para alguns órgãos para tentar descobrir o que havia acontecido e recebeu a informação de que houve um erro na lista dos professores a terem o contrato renovado e meu nome não constava. Havia duas hipóteses: o erro foi da minha faculdade (e nesse caso, a reitoria não se responsabiliza, não há o que fazer) ou o erro foi da reitoria (o que era pouco provável, porém menos impossível de resolver).
Enquanto isso eu lá, sentada, com cara de paisagem, escutando a coordenadora ligar para tudo quanto é órgão da universidade. Fui escutando coisas do tipo:
- Mas ela está trabalhando! Como pode ter sido exonerada?
- Pelo menos o mês de agosto que ela trabalhou ela recebe?
- Você está sugerindo que eu dispense a professora e coloque outro substituto em seu lugar?
- Mas eu não abro mão dessa professora, deve haver outra forma.
- A falha foi de vocês e não nossa. Vamos verificar toda a documentação e descobrir o que aconteceu...
Pronto! Estou desempregada, só vou ser chamada para o concurso em novembro, até lá dias de desespero e miséria me acompanharão... que merda!!!
Com um jeito maternal e gentil além do normal, a coordenadora falou para eu ir para casa. Disse que faria o possível para descobrir a origem do problema e tentar resolvê-lo. Enquanto isso, eu deveria descansar e ficar tranquila.
Cheguei em casa e comecei a fazer planos para os próximos dias de total miséria. Algum tempo depois, minha salvadora liga:
- Tudo resolvido, professora. Pode ficar tranquila. Descobrimos que a falha foi na reitoria. Ao passar a lista com o nome dos professores que teriam o contrato renovado, a secretária da reitoria pulou seu nome e por isso você foi exonerada. Como a falha foi da reitoria, o reitor publicará uma portaria te readmitindo. Além disso, será publicada uma segunda folha de pagamento e você receberá retroativamente o tempo que trabalhou...
Ufa!!! Fim da tarde mais surreal dos últimos tempos.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Atualizações
Faz algum tempo que não escrevo aqui, parece-me que há pouca coisa interessante o suficiente para receber notas e palavras que lhe espressem. Hoje está sendo um dia bem típico, quase igual a ontem: fui trabalhar (algo que não é de todo ruim, apesar de minha vocação natural para ser madame), estudei para o concurso, falei com o namorado, aprendi a usar um novo programa de computador que lê textos escritos (adoro descobrir esse tipo de maravilha tecnológica), escutei música, liguei para algumas amigas, baixei filmes e músicas... enfim, um dia normal.
Dias normais como esse sempre me fazem lembrar de uma frase que li no livro "Por que psicanálise?" da Elisabeth Roudinesco, que dizia:
- Às vezes a calmaria é mais difícil que a travessia das tempestades.
Devo ter lido essa frase há pelo menos uns 7 anos e nunca me esqueci. É uma daquelas frases que marcou minha vida e minha forma de entender meu funcionamento psíquico. Eu sou assim mesmo. O interessante é que isso se expressa em coisas simples, até mesmo na atualização de meu blog. Quando as coisas estão tranquilas, "tudo na mais perfeita ordem, tudo na mais santa paz" como dizia o poeta, é quando as coisas menos encontram expressão... falta-me palavras para expressar o natural, no cotidiano, o normal.
É gritantemente mais fácil cair no meu discurso dramático diante de alguma frustração ou gritar de euforia quando as coisas estão fantásticas... mas falar do normal... blagh! Isso é mesmo um saco!
Resultado: não falemos, então... quando a anormalidade chegar, eu penso em dizê-la.
Dias normais como esse sempre me fazem lembrar de uma frase que li no livro "Por que psicanálise?" da Elisabeth Roudinesco, que dizia:
- Às vezes a calmaria é mais difícil que a travessia das tempestades.
Devo ter lido essa frase há pelo menos uns 7 anos e nunca me esqueci. É uma daquelas frases que marcou minha vida e minha forma de entender meu funcionamento psíquico. Eu sou assim mesmo. O interessante é que isso se expressa em coisas simples, até mesmo na atualização de meu blog. Quando as coisas estão tranquilas, "tudo na mais perfeita ordem, tudo na mais santa paz" como dizia o poeta, é quando as coisas menos encontram expressão... falta-me palavras para expressar o natural, no cotidiano, o normal.
É gritantemente mais fácil cair no meu discurso dramático diante de alguma frustração ou gritar de euforia quando as coisas estão fantásticas... mas falar do normal... blagh! Isso é mesmo um saco!
Resultado: não falemos, então... quando a anormalidade chegar, eu penso em dizê-la.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
A fedelha
Socorro!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O que fazer quando você sente uma inveja danada de uma fedelha de vinte e poucos anos? Meu Deus, é uma sensação horrível. É um desejo gigantesco de ter feito o que ela fez, de ter vivido o que ela viveu. Uma sensação de vazio, de perda de tempo. Como se as minhas conquistas não fossem tão importantes... resumindo, é inveja mesmo.
Ok, ok, eu sei que minha vida é um barato, que as coisas estão super bem encaminhadas, que tudo tem dado certo. Eu não posso reclamar de jeito nenhum. Está tudo bem, minha vida é ótima e quem me conhece sabe o quanto eu a aproveito ao máximo...
Mas então como se explica esse sentimento de vazio, de não ter feito certas coisas, de não ter vivido aquela aventura que a fedelha viveu? Por que isso ocupa um espaço tão grande neste momento?
Como já dizia minha mãe: o gramado do vizinho é sempre mais verde... no meu caso, o gramado da fedelha é verde, cheio de florzinhas brancas e borboletas amarelas passeando sobre elas.
O que fazer quando você sente uma inveja danada de uma fedelha de vinte e poucos anos? Meu Deus, é uma sensação horrível. É um desejo gigantesco de ter feito o que ela fez, de ter vivido o que ela viveu. Uma sensação de vazio, de perda de tempo. Como se as minhas conquistas não fossem tão importantes... resumindo, é inveja mesmo.
Ok, ok, eu sei que minha vida é um barato, que as coisas estão super bem encaminhadas, que tudo tem dado certo. Eu não posso reclamar de jeito nenhum. Está tudo bem, minha vida é ótima e quem me conhece sabe o quanto eu a aproveito ao máximo...
Mas então como se explica esse sentimento de vazio, de não ter feito certas coisas, de não ter vivido aquela aventura que a fedelha viveu? Por que isso ocupa um espaço tão grande neste momento?
Como já dizia minha mãe: o gramado do vizinho é sempre mais verde... no meu caso, o gramado da fedelha é verde, cheio de florzinhas brancas e borboletas amarelas passeando sobre elas.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Dona Sebastiana
Do alto de sua sabedoria e também de sua simplicidade, Dona Sebastiana ensinava:
- Primeiro você tem que lavar o arroz bem lavado, colocar um pouco de óleo na panela e fritar o arroz. Quando estiver bem fritinho, você coloca água quente e afoga o arroz...
E da ingenuidade de meus 10 anos eu pensava enquanto observada atentamente: "Como minha avó é má. Além de fritar o arroz ela ainda afoga ele... coitado"
- Primeiro você tem que lavar o arroz bem lavado, colocar um pouco de óleo na panela e fritar o arroz. Quando estiver bem fritinho, você coloca água quente e afoga o arroz...
E da ingenuidade de meus 10 anos eu pensava enquanto observada atentamente: "Como minha avó é má. Além de fritar o arroz ela ainda afoga ele... coitado"
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Pitty Winehouse???
Maravilhosa!!! Essa é a definição da noite do último sábado, quando fui pela primeira vez ao Porão do Rock, em Brasília. O show do Autoramas foi, como sempre, muito divertido. Dancei da primeira à ultima música. O mesmo aconteceu com o Mundo Livre SA... divertidíssimo. Em seguida veio o show da Pitty (acho que é assim que esse nome sem noção é escrito!) que, devo confessar, foi surpreendente. E fechando a noite, Muse! Quase me emociono ao lembrar daquela multidão cantando a maioria das músicas, a superprodução em termos de qualidade técnica e de efeitos especiais. Um show de "gente grande"... UAU! Delícias de um sábado à noite!
Comentários e o balanço oficial do festival podem ser encontrados facilmente na mídia roqueira e na net... mas algo que possivelmente não será comentado é a impressão que tive ao assistir ao show da Pitty (aliás, que nomezinho infeliz!).
Sempre tive uma posição muito crítica em relação a essa cantora. Esse nome desde sempre me pareceu adolescente demais, as letras de suas músicas idem. Quem não se lembra do refrão: "quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedraaaaa aaaaa, quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedraaaaa aaaaa". Socorro!!! Tudo isso sempre contou muito contra ela. Então, como era de se esperar, no momento do show da Pitty (argh!) me posicionei em um canto da platéia, pronta para falar mal da moçoila que iria cantar. De início, me surpreendi com a quantidade de fãs da cantora. O espaço em frente ao palco lotou de uma forma que não tinha acontecido nos outros shows (antes do Muse, é claro!). Visto isso me entra uma mulher, e não uma fedelha, vestida com um visual totalmente diferente do visu adolescente rebelde que eu esperava... Sua vestimenta me surpreende e, em seguida, ela começa a cantar uma música muito boa (infelizmente o alto teor alcoolico não me permite lembrar qual era) com uma voz potente e firme. Durante alguns segundos comentava entre os amigos: ela me lembra alguém, ela está parecendo alguém, o que está acontecendo... até que alguém grita: ela está parecendo a Amy Winehouse! Bingo! Isso mesmo: roupinhas, postura, gestos mais femininos e beeeeemmmm menos adolescente rebelde.
Devo dizer que o saldo do show dela foi positivo. Tirando algumas músicas horrorosas que ainda fazem parte da carreira musical da moça, ela está sabendo se desvencilhar um pouco da imagem adolescente. Fez vários covers e versões surpreendentes (incluindo uma música do Chico Buarque em versão hard rock), e o repertório foi quase totalmente bom. Acho que está nascendo uma nova Pitty (?!?!) que, com excessão do nome, é bem melhor que a versão anterior. Uma Amy Winehouse tupiniquim... cada país tem a Amy que merece!
Comentários e o balanço oficial do festival podem ser encontrados facilmente na mídia roqueira e na net... mas algo que possivelmente não será comentado é a impressão que tive ao assistir ao show da Pitty (aliás, que nomezinho infeliz!).
Sempre tive uma posição muito crítica em relação a essa cantora. Esse nome desde sempre me pareceu adolescente demais, as letras de suas músicas idem. Quem não se lembra do refrão: "quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedraaaaa aaaaa, quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedraaaaa aaaaa". Socorro!!! Tudo isso sempre contou muito contra ela. Então, como era de se esperar, no momento do show da Pitty (argh!) me posicionei em um canto da platéia, pronta para falar mal da moçoila que iria cantar. De início, me surpreendi com a quantidade de fãs da cantora. O espaço em frente ao palco lotou de uma forma que não tinha acontecido nos outros shows (antes do Muse, é claro!). Visto isso me entra uma mulher, e não uma fedelha, vestida com um visual totalmente diferente do visu adolescente rebelde que eu esperava... Sua vestimenta me surpreende e, em seguida, ela começa a cantar uma música muito boa (infelizmente o alto teor alcoolico não me permite lembrar qual era) com uma voz potente e firme. Durante alguns segundos comentava entre os amigos: ela me lembra alguém, ela está parecendo alguém, o que está acontecendo... até que alguém grita: ela está parecendo a Amy Winehouse! Bingo! Isso mesmo: roupinhas, postura, gestos mais femininos e beeeeemmmm menos adolescente rebelde.
Devo dizer que o saldo do show dela foi positivo. Tirando algumas músicas horrorosas que ainda fazem parte da carreira musical da moça, ela está sabendo se desvencilhar um pouco da imagem adolescente. Fez vários covers e versões surpreendentes (incluindo uma música do Chico Buarque em versão hard rock), e o repertório foi quase totalmente bom. Acho que está nascendo uma nova Pitty (?!?!) que, com excessão do nome, é bem melhor que a versão anterior. Uma Amy Winehouse tupiniquim... cada país tem a Amy que merece!
Qualquer semelhança não é mera coincidência...
quinta-feira, 24 de julho de 2008
4 filmes por dia
No início do semestre li um livro cujo título era "Um livro por dia". Devo admitir que comprei o livro e me interessei por causa do título. A idéia de vivenciar a experiência de ler um livro por dia me encantou. Expectativas à parte, o livro é bem interessante, conta a história de um cara que morou 6 meses na livraria Shakespeare and Company em Paris, mas que (ao menos me parece) não leu um livro por dia!
Ontem passei por uma experiência que posso chamar de "Quatro filmes por dia". Parece que estou levando a sério a idéia de fazer de minhas férias um momento de muitos, muitos filmes. Assisti aos filmes quase na seqüência e o prazer envolvido nessa atividade foi tamanho que em breve devo repeti-la.
O primeiro filme foi "Quando Nietzsche Chorou". Sim, existe um filme sobre esse livro e é uma bela porcaria. As interpretações de Lou Salomé, de Anna O. e de Freud são risíveis, já o Breuer e o próprio Nietzsche estão legais... mas o filme é ruim, acredite. Tudo no filme parece coisa de principiante, do figurino às interpretações. O que salva é o roteiro, que é bom pela própria natureza do filme. Resumindo: não assista!
Depois dessa experiência quase traumática, resolvi salvar minha sessão cinema e assistir "A Ponte". Trata-se de um documentário sobre os suicídios na Golden Gate Bridge. É bem interessante. Eles filmaram a ponte a partir de diversos pontos durante um ano inteiro... consequentemente, eles filmaram o suicídio de diversas pessoas. Então eles conversam com familiares, com amigos, com pessoas que passavam na hora, com um sujeito que sobreviveu à queda (um dos moleques mais fudidos na vida que eu já vi... e o cara ainda sobreviveu!). Não é filme pra qualquer um, mas eu confesso que adorei. Meu lado depressivo (minha maior parte, aliás) adora esse tipo de filme. Mostra que sempre tem alguém mais fudido que você.
Dei um tempo depois do filme, fui comer e resolver pendências afetivas... Em seguida, revi "Encontros e Desencontros"... que lindo! Havia muito tempo que eu tinha assistido ao filme, mais especificamente no lancamento no cinema em 2004. Bill Morray está impagável e sua relação com a Scarlett Johansson é cheia de ternura e cumplicidade. Ao que parece, eles conseguem compreender o vazio da vida um do outro, que ecoa na agitação e nos excessos de Tókio. Vale a pena rever.
Para fechar a noite (ou melhor, a madrugada) nada melhor que um filme leve. A escolha por "Across the Universe" foi acertada. Acho que um dos únicos musicais que eu realmente gostei. Excelentes atores em interpretações perfeitas das músicas dos Beatles. Confesso que perdi os últimos 10 minutos do filme por causa do meu elevado teor etílico. Alta madrugada, quadro filmes, muito vinho... resultado: cochilei no sofá. Como esse é um filme que eu assiti há pouco tempo e ontem foi uma reprise, minha sonolência está devidamente perdoada... :)
Ontem passei por uma experiência que posso chamar de "Quatro filmes por dia". Parece que estou levando a sério a idéia de fazer de minhas férias um momento de muitos, muitos filmes. Assisti aos filmes quase na seqüência e o prazer envolvido nessa atividade foi tamanho que em breve devo repeti-la.
O primeiro filme foi "Quando Nietzsche Chorou". Sim, existe um filme sobre esse livro e é uma bela porcaria. As interpretações de Lou Salomé, de Anna O. e de Freud são risíveis, já o Breuer e o próprio Nietzsche estão legais... mas o filme é ruim, acredite. Tudo no filme parece coisa de principiante, do figurino às interpretações. O que salva é o roteiro, que é bom pela própria natureza do filme. Resumindo: não assista!
Depois dessa experiência quase traumática, resolvi salvar minha sessão cinema e assistir "A Ponte". Trata-se de um documentário sobre os suicídios na Golden Gate Bridge. É bem interessante. Eles filmaram a ponte a partir de diversos pontos durante um ano inteiro... consequentemente, eles filmaram o suicídio de diversas pessoas. Então eles conversam com familiares, com amigos, com pessoas que passavam na hora, com um sujeito que sobreviveu à queda (um dos moleques mais fudidos na vida que eu já vi... e o cara ainda sobreviveu!). Não é filme pra qualquer um, mas eu confesso que adorei. Meu lado depressivo (minha maior parte, aliás) adora esse tipo de filme. Mostra que sempre tem alguém mais fudido que você.
Dei um tempo depois do filme, fui comer e resolver pendências afetivas... Em seguida, revi "Encontros e Desencontros"... que lindo! Havia muito tempo que eu tinha assistido ao filme, mais especificamente no lancamento no cinema em 2004. Bill Morray está impagável e sua relação com a Scarlett Johansson é cheia de ternura e cumplicidade. Ao que parece, eles conseguem compreender o vazio da vida um do outro, que ecoa na agitação e nos excessos de Tókio. Vale a pena rever.
Para fechar a noite (ou melhor, a madrugada) nada melhor que um filme leve. A escolha por "Across the Universe" foi acertada. Acho que um dos únicos musicais que eu realmente gostei. Excelentes atores em interpretações perfeitas das músicas dos Beatles. Confesso que perdi os últimos 10 minutos do filme por causa do meu elevado teor etílico. Alta madrugada, quadro filmes, muito vinho... resultado: cochilei no sofá. Como esse é um filme que eu assiti há pouco tempo e ontem foi uma reprise, minha sonolência está devidamente perdoada... :)
terça-feira, 22 de julho de 2008
Belle and Sebastian
Get me away from here I'm dying
Play me a song to set me free
...
...
At the final moment, I cried
I always cry at endings
Play me a song to set me free
...
...
At the final moment, I cried
I always cry at endings
quarta-feira, 16 de julho de 2008
domingo, 13 de julho de 2008
A ficha caiu
De repente a ficha cai... e finalmente você entende que não tem nenhum direito de querer controlar a vida do outro. Essa pressão, esse forçar a barra, esse excesso de exigências e necessidade de provas de amor... nada disso leva a nada. Nada disso tem valor. Nada disso faz a menor diferença.
A ficha caiu e agora o que surge é uma vergonha gigantesca. Uma vontade de sair correndo e me esconder. Uma vontade de voltar no tempo e apagar cada uma daquelas palavras duras que disse sem a menor necessidade. As palavras cujo objetivo principal era ferir.
A ficha caiu e não há como voltar no tempo. A única possibilidade é tentar ser um pouco mais coerrente e menos impulsiva. Ser um pouco mais sensata, um pouco mais madura. O comportamento infantil que tomou conta de mim nos últimos 2 meses deve ficar no passado. Não há nenhum motivo para me orgulhar. Chega de agir como uma criança mimada que dá uma birra cada vez que quer um brinquedo novo. A temporada do espetáculo acabou... e espero que o tempo de duração não tenha causado danos irreversíveis.
A ficha caiu e agora o que surge é uma vergonha gigantesca. Uma vontade de sair correndo e me esconder. Uma vontade de voltar no tempo e apagar cada uma daquelas palavras duras que disse sem a menor necessidade. As palavras cujo objetivo principal era ferir.
A ficha caiu e não há como voltar no tempo. A única possibilidade é tentar ser um pouco mais coerrente e menos impulsiva. Ser um pouco mais sensata, um pouco mais madura. O comportamento infantil que tomou conta de mim nos últimos 2 meses deve ficar no passado. Não há nenhum motivo para me orgulhar. Chega de agir como uma criança mimada que dá uma birra cada vez que quer um brinquedo novo. A temporada do espetáculo acabou... e espero que o tempo de duração não tenha causado danos irreversíveis.
terça-feira, 1 de julho de 2008
Idiotização do mundo
Ontem assistia ao Programa do Jô, quando entrevistaram a filósofa Marcia Tiburi, a autora de "Filosofia em Comum - para ler junto". O livro tem uma idéia bem legal (inclusive, acabou de entrar na minha lista de próximos livros), uma nova forma de entender e praticar a filosofia etc. mas o que me chamou a atenção não foi exatamente isso. O que me prendeu em frente a tv aquelas horas da noite de uma segunda-feira foi a própria personalidade da autora e as coisas que ela falava. Dentre vários pontos interessantes, ela disse algo que há muito converso com as pessoas: o mundo está sofrendo um processo de idiotização. As pessoas estão se tornando cada vez mais idiotas e isso tem sido considerado algo comum, normal. Existe uma preguiça generalizada de pensar sobre a vida ou sobre qualquer coisa que ultrapasse uma conversa fiada ou fofoca sobre vizinhos. Ler virou sinônimo de perder tempo. Se você estuda, dá importância para o que o professor fala, você é chamado de CDF, de idiota, de puxa-saco, pelo simples fato de prestar atenção em uma aula, ou fazer uma pergunta que fuja de algo totalmente óbvio (sei disso porque sou professora UNIVERSITÁRIA e neste ambiente esse tipo de comportamento acontece com mais freqüência do que qualquer um gostaria de imaginar). E o pior é que a imensa maioria das pessoas parece não se importar, como se isso fosse assim mesmo... Lembro-me bem que há pouco tempo eu condenava meu namorado quando ele dizia que "apenas 10% das pessoas no mundo valem a pena conhecer, o restante é total perda de tempo". Eu já cheguei a achar essa frase um absurdo. Porém, no ritmo que as coisas vão, ela está se tornando uma regra de convivência. No programa que assisti só (?) foi debatido a "idiotização do mundo", mas creio que a discussão tiraria o sono de qualquer um se fosse extendida também à questão dos valores sociais e das regras de convivência. Esse aspecto é o que mais tem me espantado. Todos os dias chegam aos meus ouvidos histórias de pessoas que enganam, mentem, sacaneiam, maltratam e ferem ao mesmo tempo que juram amor eterno. E o pior, não existe culpa ou remorso. É algo normal, como se fosse tudo bem sacanear os outros. É traição, mentira, roubo, furto, um cheque sem fundo, um golpe em um desconhecido, não devolver um troco que veio a mais. Basta encontrar uma desculpa qualquer e pronto, é como se estivesse tudo bem. Podem me chamar de "Poliana" se quiserem, mas não consigo me acostumar, continuo me chocando com essas pessoas e, aos poucos, perdendo a esperança na humanidade. É a idiotização e a falta de ética dos nossos tempos. Eu só tenho uma certeza: nunca vou me juntar a eles...
quinta-feira, 26 de junho de 2008
I just don't know what to do with myself
Algumas pessoas ainda têm coragem de dizer que não acharam o clip sexy... Uau! Eu adoraria ser "nada sexy" como Kate...
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Programação de férias
O universo inteiro sabe que tenho uma (???) compulsão que é planejar, fazer planos para o futuro. É algo que foge completamente de meu controle. Só me sinto bem se tenho na cabeça pelo menos meia dúzia de planos para o futuro. Isso tem um lado bom, afinal é algo que me faz caminhar, progredir, sair do lugar, querer sempre mais, estar em busca das coisas... eu acho tudo isso bem legal. Por outro lado, como toda compulsão, é algo um tanto exaustivo, que me consome muita energia. Quando meus planos não dão certo e tenho que desistir do planejamento anterior e criar alguma nova motivação, aí sim a coisa pega...
Hoje, como era de se esperar, estou fazendo planos, novos planos. Dessa vez algo bem leve. Trata-se da alegre missão: Como aproveitar bem 30 dias de férias sem quase nenhum dinheiro no bolso. Missão difícil, mas já tenho alguns pequenos projetos:
1) Assistir filmes, muitos filmes. Comprei a trilogia das cores do Kieslowski e estou louca pra estreia-la na big tv da minha casa. Amigas serão muito bem vindas. Fora isso, a locadora será minha segunda casa durante as férias.
2) Namorar muito, muito, muito. Afinal isso é de graça e faz um bem danado.
3) Ler todos os livros que estão na fila e que tenho lido em passos de tartaruga. Quero devorá-los porque sei que são todos maravilhosos. Eis minha missão para as férias: Uma breve história do mundo, do Geoffrey Blainey; O evangelho segundo Jesus Cristo, do Saramago; Um antropólogo em Marte, do Oliver Sacks; e A revolução dos bichos, do George Orwell... mal posso esperar.
4) Tomar café com as amigas. Só café, água e pão de queijo. Sem cair na tentação de pedir uma garrafa de vinho e carpaccios. Nada disso. Férias econômicas são assim mesmo.
5) Muito cinema. Apesar desse ser um período não muito bom de cinema, afinal, todos os filmes infantis estreiam neste período. Ainda assim, não dá pra perder a promoção do Bretas e assistir filmes a 4 reais. Tudo de bom!
6) Namorar muito, muito, muito. Isso é tão bom que vale a pena repetir como projeto hehehe.
7) Ok, vou tentar me movimentar durante as férias. Juro que vou tentar.
8) Organizar minhas coisas para a mudança. Meu cafofo merece uma arrumação completa. Separar textos, livros, o que presta e o que merece ser jogado fora. Sei que isto me custará alguns dias de férias, então devo colocar a arrumação como uma missão importante.
Bom, acho que dá pra começar. Em todo caso, dicas econômicas são muito bem vindas. =)
Hoje, como era de se esperar, estou fazendo planos, novos planos. Dessa vez algo bem leve. Trata-se da alegre missão: Como aproveitar bem 30 dias de férias sem quase nenhum dinheiro no bolso. Missão difícil, mas já tenho alguns pequenos projetos:
1) Assistir filmes, muitos filmes. Comprei a trilogia das cores do Kieslowski e estou louca pra estreia-la na big tv da minha casa. Amigas serão muito bem vindas. Fora isso, a locadora será minha segunda casa durante as férias.
2) Namorar muito, muito, muito. Afinal isso é de graça e faz um bem danado.
3) Ler todos os livros que estão na fila e que tenho lido em passos de tartaruga. Quero devorá-los porque sei que são todos maravilhosos. Eis minha missão para as férias: Uma breve história do mundo, do Geoffrey Blainey; O evangelho segundo Jesus Cristo, do Saramago; Um antropólogo em Marte, do Oliver Sacks; e A revolução dos bichos, do George Orwell... mal posso esperar.
4) Tomar café com as amigas. Só café, água e pão de queijo. Sem cair na tentação de pedir uma garrafa de vinho e carpaccios. Nada disso. Férias econômicas são assim mesmo.
5) Muito cinema. Apesar desse ser um período não muito bom de cinema, afinal, todos os filmes infantis estreiam neste período. Ainda assim, não dá pra perder a promoção do Bretas e assistir filmes a 4 reais. Tudo de bom!
6) Namorar muito, muito, muito. Isso é tão bom que vale a pena repetir como projeto hehehe.
7) Ok, vou tentar me movimentar durante as férias. Juro que vou tentar.
8) Organizar minhas coisas para a mudança. Meu cafofo merece uma arrumação completa. Separar textos, livros, o que presta e o que merece ser jogado fora. Sei que isto me custará alguns dias de férias, então devo colocar a arrumação como uma missão importante.
Bom, acho que dá pra começar. Em todo caso, dicas econômicas são muito bem vindas. =)
terça-feira, 24 de junho de 2008
Yes, férias!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sim, estou quase de férias... quase... neste momento estou na sala dos professores, esperando dar o horário da próxima turma. Vou anunciar notas, parabenizar os aprovados, ouvir as lamúrias dos reprovados, amolecer meu coraçãozinho com seus argumentos... e depois disso dizer: Adeus! Foi muito bom trabalhar com vocês. Boas férias!
Minha felicidade beira a euforia. Não sei bem o motivo de tanta felicidade. Eu até gosto do meu trabalho atual, não é a pior coisa do mundo e me proporciona momentos hilários que só são possíveis em sala de aula. Além disso, ser professora faz com que eu possa exercitar minha tendência centralizadora e, às vezes egocêntrica, sem muita culpa. É um trabalho legal... Opa, opa, opa, acho que isso é sintomático. Daqui a pouco estarei falando o quanto adoro aqueles adolescentes terríveis, conversadores e pouco intruídos (é feio chama-los de burros no último dia de aula!)...
Bom, o que importa é que estou aqui, há poucos minutos de encerrar mais uma turma. Oba! Ainda não é a última, mas sem dúvida, já me sinto de férias! :)
Minha felicidade beira a euforia. Não sei bem o motivo de tanta felicidade. Eu até gosto do meu trabalho atual, não é a pior coisa do mundo e me proporciona momentos hilários que só são possíveis em sala de aula. Além disso, ser professora faz com que eu possa exercitar minha tendência centralizadora e, às vezes egocêntrica, sem muita culpa. É um trabalho legal... Opa, opa, opa, acho que isso é sintomático. Daqui a pouco estarei falando o quanto adoro aqueles adolescentes terríveis, conversadores e pouco intruídos (é feio chama-los de burros no último dia de aula!)...
Bom, o que importa é que estou aqui, há poucos minutos de encerrar mais uma turma. Oba! Ainda não é a última, mas sem dúvida, já me sinto de férias! :)
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Musica de bom dia!
(e Fernada Takai canta Nara Leão...)
É de manhã
Vem o Sol mas os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda estão a brilhar
Ainda estão a dançar
Ao vento alegre que me traz esta canção
Quero ver você
Me dê a mão
Vamos sair por aí
Sem pensar no que foi que sonhei, que chorei, que sofri
Pois a nossa manhã
Já me fez esquecer
Me dê a mão
Vamos sair pra ver o Sol
É de manhã
Vem o Sol mas os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda estão a brilhar
Ainda estão a dançar
Ao vento alegre que me traz esta canção
Quero ver você
Me dê a mão
Vamos sair por aí
Sem pensar no que foi que sonhei, que chorei, que sofri
Pois a nossa manhã
Já me fez esquecer
Me dê a mão
Vamos sair pra ver o Sol
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Mestre dos Magos
O Mestre dos Magos disse que:
- Eu invento sofrimento. Sou tão viciada nisso que, quando está tudo bem, eu invento um sofrimentozinho que é pra não perder o hábito...
- Eu gosto de que rebaixar. Nada meu presta, nada é bom o suficiente. E quando é realmente bom o suficiente, eu acho que é algo sem a menor importância e nada mais que a obrigação...
- Eu criei em mim a forte crença de que não posso mudar nada, que as coisas são assim e pronto. Por causa disso eu nunca mudo nada, afinal não acredito em mudanças...
O Mestre dos Magos me disse tudo isso. Acho que vou matar o Mestre dos Magos!
- Eu invento sofrimento. Sou tão viciada nisso que, quando está tudo bem, eu invento um sofrimentozinho que é pra não perder o hábito...
- Eu gosto de que rebaixar. Nada meu presta, nada é bom o suficiente. E quando é realmente bom o suficiente, eu acho que é algo sem a menor importância e nada mais que a obrigação...
- Eu criei em mim a forte crença de que não posso mudar nada, que as coisas são assim e pronto. Por causa disso eu nunca mudo nada, afinal não acredito em mudanças...
O Mestre dos Magos me disse tudo isso. Acho que vou matar o Mestre dos Magos!
terça-feira, 10 de junho de 2008
Ode ao amor romântico
Sou uma romântica, uma romântica incorrigível. Daquelas que adoram quando o homem abre a porta do carro, puxa a cadeira para você sentar e sussura ao ouvido o quanto você está linda essa noite (mesmo estando com aquela calça jeans de sempre). Sou daquelas que se derretem por uma flor, uma caixa de bombons ou um cd com gravações de músicas dos anos 60. Jantar a luz de velas e uma garrafa de um bom vinho fazem com que meu coração sinta uma ternura quase indescritível. Pronto, sou assim. Gosto dessas coisas e ponto... mais do que isso, não tenho a menor vergonha de dizer que gosto sim de ser paparicada e de demonstrações de amor em público. Que se dane o discurso pseudo-intelectualóide-feminista dizendo que romantismo é coisa do passado. Foda-se, eu gosto. E, ao contrário do que as feministas possam pensar, gostar disso não me faz submissa nem inferior a ninguém.
Acho que atualmente estou vivendo uma intensificação de meu lado romântico e talvez isso ajude a explicar por que gostei tanto do filme Sex and the city. Quase todas as críticas que li na internet, na Folha, e em jornais falavam que o quarteto não é mais o mesmo. Que as questões estão profundas demais, que eslas estão se levando a sério demais e até mesmo que o filme é comum. Ok. Críticas lidas (não muito atentamente, confesso) fui assistir ao filme. Pra começar tenho que admitir que sou fã do quarteto e que já deu muitas risadas dos diálogos de Carrie e suas amigas... mas acho que compreendi um pouco o ponto de vista dos críticos.
Quem assiste ao filme pensando naquelas situações inusitadas, nas aventuras sexuais e nos sucessivos rolos vividos pelas personagens vai se decepcionar profundamente. As personagens amadureceram, elas não têm mais 30 anos, elas já chegaram aos 40 (inclusive, Samantha comemora seus 50 anos no filme). Assim, os conflitos são outros, os diálogos mudam um pouco e as personagens tem amores... sim, elas amam e admitem isso. Carrie ama Mr Big e este também a ama. Como personagens, elas continuam espirituosas, engraçadas, lindas e frequentando as melhores lojas e noites de NY... mas os dramas vividos por elas mudam muito (até Samantha muda, pois seu drama está entre o prazer do sexo variado e sempre inventivo, e a relação estável com seu companheiro).
Considerações a parte, adorei o filme, também gostei do novo momento das personagens e não acho nada de errado no fato de a série estar um pouco mais romântica... afinal, eu gosto disso! Por falar em romantismo e em filme, acabo de encontrar na net a cena mais linda do filme Once. Aquela em que os dois cantam a primeira música juntos, na loja de instrumentos, ela ao piano e ele ao violão. Pra quem não assistiu, trata-se de um filme com qualidade musical inquestionável, jovens atores talentosos e cheios de carisma, falando de sentimentos profundos e de amor (e sem a necessidade de nenhuma cena de beijo ou algo nesse sentido). Imperdível...
Acho que atualmente estou vivendo uma intensificação de meu lado romântico e talvez isso ajude a explicar por que gostei tanto do filme Sex and the city. Quase todas as críticas que li na internet, na Folha, e em jornais falavam que o quarteto não é mais o mesmo. Que as questões estão profundas demais, que eslas estão se levando a sério demais e até mesmo que o filme é comum. Ok. Críticas lidas (não muito atentamente, confesso) fui assistir ao filme. Pra começar tenho que admitir que sou fã do quarteto e que já deu muitas risadas dos diálogos de Carrie e suas amigas... mas acho que compreendi um pouco o ponto de vista dos críticos.
Quem assiste ao filme pensando naquelas situações inusitadas, nas aventuras sexuais e nos sucessivos rolos vividos pelas personagens vai se decepcionar profundamente. As personagens amadureceram, elas não têm mais 30 anos, elas já chegaram aos 40 (inclusive, Samantha comemora seus 50 anos no filme). Assim, os conflitos são outros, os diálogos mudam um pouco e as personagens tem amores... sim, elas amam e admitem isso. Carrie ama Mr Big e este também a ama. Como personagens, elas continuam espirituosas, engraçadas, lindas e frequentando as melhores lojas e noites de NY... mas os dramas vividos por elas mudam muito (até Samantha muda, pois seu drama está entre o prazer do sexo variado e sempre inventivo, e a relação estável com seu companheiro).
Considerações a parte, adorei o filme, também gostei do novo momento das personagens e não acho nada de errado no fato de a série estar um pouco mais romântica... afinal, eu gosto disso! Por falar em romantismo e em filme, acabo de encontrar na net a cena mais linda do filme Once. Aquela em que os dois cantam a primeira música juntos, na loja de instrumentos, ela ao piano e ele ao violão. Pra quem não assistiu, trata-se de um filme com qualidade musical inquestionável, jovens atores talentosos e cheios de carisma, falando de sentimentos profundos e de amor (e sem a necessidade de nenhuma cena de beijo ou algo nesse sentido). Imperdível...
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Tchau, Foca
É uma sensação estranha, as coisas parecem não fazer muito sentido. Sinto apenas um vazio imenso. Não há mais rastros dele no quintal, nem na varanda. Sua vasilha de água já foi retirada, sua cama guardada, seus brinquedos recolhidos. Sobraram alguns pêlos no chão. Esses ainda não foram varridos, afinal já passam das 22 horas e ninguém irá varrer o chão a essa hora. Não houve despedida, nem tempo para um último protesto. Ele foi levado quando eu estava longe, assim não poderia reclamar... mas qual seria minha queixa? Haveria mais algum argumento (a não ser meu próprio egoismo)? Algo mais poderia ser dito para que ele ficasse? Ele sofria. Apesar de não ter o hábito de reclamar, o sofrimento estava estampado em seu rosto. Ele sofria e isso tinha que ser acabado... simples assim.
Se me perguntar o que sinto lhe direi que não sei. Só há um vazio gigantesco, algo que parece que vai me engolir. Nada faz sentido. O que sinto não faz sentido. E às vezes a vida parece também não fazer...
Se me perguntar o que sinto lhe direi que não sei. Só há um vazio gigantesco, algo que parece que vai me engolir. Nada faz sentido. O que sinto não faz sentido. E às vezes a vida parece também não fazer...
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Tarantino's mind
Depois de longas semanas longe desse blog, voltei ao meu brinquedinho virtual. Dessa vez o que me motivou não foi algum acontecimento especial (apesar de estar acontecendo muuuita coisa nova neste momento em minha vida), também não foi algum tipo de inspiração genuína, menos ainda uma sucessão de sentimentos que só encontram voz aqui... nada disso! Minha motivação vem única e exclusivamente do meu novo aprendizado: agora eu sei baixar vídeos do youtube e postar aqui... simples assim. rsrsrsrs
Como sou louca por cinema, nada mais justo que ter minha primeira experiência (quase sexual hahaha) postando esse vídeo do Selton Melo com o Seu Jorge, sobre o magnífico Tarantino. Delicie-se!
Como sou louca por cinema, nada mais justo que ter minha primeira experiência (quase sexual hahaha) postando esse vídeo do Selton Melo com o Seu Jorge, sobre o magnífico Tarantino. Delicie-se!
sábado, 26 de abril de 2008
Top 10 - Cinema
Trazendo para o blog a brincadeirinha interna dos amigos no orkut: eleger os top 10 do cinema em minha opinião. Tarefa bem mais difícil do que parece... Os escolhidos são os marcados entre 36 filmes importantes para mim...
Laranja mecânia*
Dogville*
As invasões bárbaras*
Pulp Fiction*
Cães de aluguel
O iluminado*
A vida dos outros
A vida secreta das palavras*
Na natureza selvagem
Hotel Ruanda
As horas*
Clube da luta*
Pequena miss sunshine
O cheiro do ralo*
O fabuloso destino de Amelie Poulain
A língua das mariposas*
Mar adentro
O perfume
Adeus, Lênin
Tudo sobre minha mãe
Táxi driver
Paris, je t’aime
Camelos também choram
Persépolis
O filho da noiva
A experiência
Assassinos por natureza
Transamérica
Valentin
O casamento de Muriel
A lista de Shindler
O labirinto do Fauno
Frida
Forest Gunp
Lavoura arcaica
Ser e ter
E você? Qual é sua lista Top 10?
Laranja mecânia*
Dogville*
As invasões bárbaras*
Pulp Fiction*
Cães de aluguel
O iluminado*
A vida dos outros
A vida secreta das palavras*
Na natureza selvagem
Hotel Ruanda
As horas*
Clube da luta*
Pequena miss sunshine
O cheiro do ralo*
O fabuloso destino de Amelie Poulain
A língua das mariposas*
Mar adentro
O perfume
Adeus, Lênin
Tudo sobre minha mãe
Táxi driver
Paris, je t’aime
Camelos também choram
Persépolis
O filho da noiva
A experiência
Assassinos por natureza
Transamérica
Valentin
O casamento de Muriel
A lista de Shindler
O labirinto do Fauno
Frida
Forest Gunp
Lavoura arcaica
Ser e ter
E você? Qual é sua lista Top 10?
Mudanças
A mudança é lenta, gradual. É preciso ter paciência e persistência. Mesmo assim, é quase impossível segurar a felicidade de perceber que sim, as mudanças estão acontecendo. Mudar não é nenhum desejo utópico, nenhum sonho distante. Trata-se simplesmente de querem mudar, persistir e saber que aos poucos as coisas vão acontecendo... As coisas demoraram anos para se tornarem o que são hoje, é natural que as mudanças também levem algum tempo.
Para que a mudança efetiva aconteça, não é possível ficar de braços cruzados. O trabalho é árduo, muitas vezes doloroso. É preciso ver aquilo que é óbvio, mas que nem sempre é visto. É preciso desconstruir hábitos e mergulhar fundo no desejo. É preciso entender a dinâmica que sustenta o modelo atual e estar disposto a abrir mão da segurança que ele proporciona.
Hoje comemoro algumas mudanças... pequenas, porém efetivas. E isso, ninguém me tira.
Para que a mudança efetiva aconteça, não é possível ficar de braços cruzados. O trabalho é árduo, muitas vezes doloroso. É preciso ver aquilo que é óbvio, mas que nem sempre é visto. É preciso desconstruir hábitos e mergulhar fundo no desejo. É preciso entender a dinâmica que sustenta o modelo atual e estar disposto a abrir mão da segurança que ele proporciona.
Hoje comemoro algumas mudanças... pequenas, porém efetivas. E isso, ninguém me tira.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
AHHHHHHHHHHHHH
A um passo do surtooooooooooooooooooooooooooooooooooo
oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Fragilidade
Não me proteja. Não me polpe dos detalhes mais sórdidos. Não esconda de mim aquilo que pode ser minha libertação, ainda que envolvida por muita dor. Trate-me como faz com os outros. Não sou mais frágil que ninguém. Lhe garanto que tenho recursos suficientes para suportar cada palavra que sai de sua boca. Não me proteja. A proteção é outra forma de me diminuir, de lhe confirmar minha fraqueza. Não me subestime, já suportei outras dores e sei que posso suportar as palavras ásperas e as verdades cruas. Sou mais forte do que você imagina, mas me mostro segundo seu olhar para mim. Tenho um jeito doce, uma voz suave e um olhar gentil. Sou assim. Aprendi a me apresentar assim aos olhos dos outros. Mas não me subestime, não caia nesse golpe. Você deveria ver além disso que as pessoas comuns vêem. Se você só vê a docura: parabéns, você é como os outros. Você só vê a casca. Você só vê aquilo que eu permito que vejam. Você não sabe de nada da minha história, da minha vida. Já passei por experiências que você só conhece de longe, talvez em cenas de cinema ou histórias contadas sobre um universo distante do seu. Não trago minha história estampada na cara. Trago minha história aqui dentro. E talvez, quando você parar de se enganar por minha aparência frágil, quando você parar de me subestimar, quando você parar de polpar de minhas próprias verdades... talvez aí você passe a saber um pouco mais de mim.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Tudo ao mesmo tempo agora
... a britadeira da construção ao lado me perturba muito calor para uma tarde tão bonita de quarta-feira hoje é dia de cinema mais barato não sou mais estudante portanto sem carteirinha logo Oba! hoje é quarta-feira dia de cinema mais barato café e pão de queijo o prazer em uma sábia combinação mineira como eu adoro tudo isso sei amar essas coisas boas da vida hoje sei gozar com prazeres mais simples mas não dispenso o luxo e a mordomia de um bom vinho com carpaccios acho que nasci pra ser madame cada dia tenho mais certeza disso porém madame que é madame não se preocupa com o preço da entrada no cinema e nem fica esperando a quarta feira para aproveitar a promoção droga estou a léguas de ser madame...
domingo, 6 de abril de 2008
Era uma vez...
Era uma vez um cão que passou a maior parte de sua vida vivendo com donos agressivos e pouco carinhosos. Esse cão não podia entrar em casa sem pedir permissão aos donos, não podia chegar perto sem antes perceber algum sinal de aprovação em sua aproximação. Ele estava acostumado a isso, e tinha como hábito de sobrevivência ser um cão cauteloso e humilde. Aprendeu a custa de muitas chineladas e chutes no rabo que não poderia expressar seus instintos mais básicos: pular em cima de seus donos, latir pedindo atenção, balançar o rabo como sinal de contentamento... todos esses comportamentos deveriam ser submetidos a controle interno rígido do pobre cãozinho, caso contrário, uma bela surra sobreria para ele.
Depois de longo tempo levando essa "vida de cão", o cãozinho já não se expressava naturalmente: ele era um cão domesticado, que vivia em função das vontades e humores de seus donos. Também já não havia o desejo legítimo de fugir, de correr pela rua. Mesmo com o portão aberto, o cãozinho já não fugia. Ele tinha medo. Não sabia do quê, mas sentia muito medo. Preferia viver com donos "não tão legais" a se aventurar nequela rua movimentada e cheia de perigos.
Um belo dia, sem entender as razões, o cão foi colocado dentro do carro por seu dono. Ele estranhou, aquilo nunca tinha acontecido. Seria um passeio? Não. Depois de muito tempo dentro do carro em movimento, uma freiada brusca o leva à percepção do que realmente estava acontecendo: o cão foi abandonado em um local desconhecido e distante, de onde não saberia voltar.
O que ele tinha feito de errado? Não teria sido obediente o suficiente? Não teria conseguido entender plenamente os desejos de seus donos e respondido a esses? Não havia respostas para suas inquietações. O cão passa então a vagar pela rua, na companhia de outros cães, vivendo os perigos dos carros em alta velocidade, passando fome e frio, sentido falta de um afago na cabeça (algo que tinha sido raro em sua vida, mas que lhe dava grande contentamento), sendo chutado para longe por pessoas desconhecidas, sem nenhum motivo aparente.
Certo dia, andando cabisbaixo por uma rua, o cão percebeu que alguém assobiava. Era um menino, de aproximadamente 12 anos, que acenava e tentava chamar a atenção do cãozinho. Mesmo desconhecendo o menino e sentindo-se um pouco desconfiado, o cão se aproximou. O menino logo foi lhe fazendo carinho. Era perceptível seu olhar de alegria mesclado a pedidos eufóricos: Mãe, posso ficar com ele? Por favor! Vamos levá-lo, ele gostou de mim. Você prometeu que ia deixar eu ter um cachorro...
O cãozinho observa aquela cena sem entender nada, mesmo assim acompanha o menino pela rua, rumo a um novo lar. Chegando em casa, seus novos donos lhe providenciam um colchonete velho, que servirá como cama no cantinho da varanda. Além disso ganhou um cobertor que, mesmo com alguns buracos, o aqueceria do frio e da solidão. Uma refeição quente chegou em seguida, acompanhada de afagos, risos, brincadeiras e muito amor.
Aquilo parecia um sonho. Nosso cãozinho jamais imaginou esse mundo de felicidade, nem mesmo em seus sonhos havia algo tão colorido e com tanto amor. Mas... e se esse amor acabasse? E se ele acordasse deste sonho? E se, como já acontecera uma vez, ele fosse colocado dentro de um carro e abandonado em uma rua distante? É possível perceber um olhar de aflição no cão. Ele teme, sente-se angustiado, algo de errado pode acontecer a qualquer momento.
Com todos esses temores, o cãozinho passa a ficar o tempo todo temeroso. Teme contrariar seus novos donos, teme ser mandado embora, teme não agradar o suficiente. Passa a não mais entrar na casa com medo de sujar o chão; sente necessidade entender o que os donos querem e tentar agradá-los; passa a não mais pular em seus donos quando estes chegam da rua, afinal ele podem não gostar desse comportamento; começa a não balançar o rabinho com tanto entusiasmo, talvez eles não gostem de cães tão eufóricos; é melhor não latir nem perseguir gatos, isso pode irrita-los... todos os comportamentos do cão é controlado por seu temor de ser abandonado.
E aos poucos, apático e triste, o cão vai ser tornando cada vez menos presente naquela família, cada vez menos participativo na vida daquela criança. O tempo passa e o menino cresce. Agora seus interesses são outros, agora não há tempo para um cão tão tristonho. Agora não há espaço para um cão quase inexistente. O dinheiro está curto, o tempo também, talvez seja melhor abandonar esse cão para que outra família, com mais condições e tempo possa cuidar dele. E novamente o cão entra no carro rumo a uma rua distante, de onde ele não sabe voltar.
Depois de longo tempo levando essa "vida de cão", o cãozinho já não se expressava naturalmente: ele era um cão domesticado, que vivia em função das vontades e humores de seus donos. Também já não havia o desejo legítimo de fugir, de correr pela rua. Mesmo com o portão aberto, o cãozinho já não fugia. Ele tinha medo. Não sabia do quê, mas sentia muito medo. Preferia viver com donos "não tão legais" a se aventurar nequela rua movimentada e cheia de perigos.
Um belo dia, sem entender as razões, o cão foi colocado dentro do carro por seu dono. Ele estranhou, aquilo nunca tinha acontecido. Seria um passeio? Não. Depois de muito tempo dentro do carro em movimento, uma freiada brusca o leva à percepção do que realmente estava acontecendo: o cão foi abandonado em um local desconhecido e distante, de onde não saberia voltar.
O que ele tinha feito de errado? Não teria sido obediente o suficiente? Não teria conseguido entender plenamente os desejos de seus donos e respondido a esses? Não havia respostas para suas inquietações. O cão passa então a vagar pela rua, na companhia de outros cães, vivendo os perigos dos carros em alta velocidade, passando fome e frio, sentido falta de um afago na cabeça (algo que tinha sido raro em sua vida, mas que lhe dava grande contentamento), sendo chutado para longe por pessoas desconhecidas, sem nenhum motivo aparente.
Certo dia, andando cabisbaixo por uma rua, o cão percebeu que alguém assobiava. Era um menino, de aproximadamente 12 anos, que acenava e tentava chamar a atenção do cãozinho. Mesmo desconhecendo o menino e sentindo-se um pouco desconfiado, o cão se aproximou. O menino logo foi lhe fazendo carinho. Era perceptível seu olhar de alegria mesclado a pedidos eufóricos: Mãe, posso ficar com ele? Por favor! Vamos levá-lo, ele gostou de mim. Você prometeu que ia deixar eu ter um cachorro...
O cãozinho observa aquela cena sem entender nada, mesmo assim acompanha o menino pela rua, rumo a um novo lar. Chegando em casa, seus novos donos lhe providenciam um colchonete velho, que servirá como cama no cantinho da varanda. Além disso ganhou um cobertor que, mesmo com alguns buracos, o aqueceria do frio e da solidão. Uma refeição quente chegou em seguida, acompanhada de afagos, risos, brincadeiras e muito amor.
Aquilo parecia um sonho. Nosso cãozinho jamais imaginou esse mundo de felicidade, nem mesmo em seus sonhos havia algo tão colorido e com tanto amor. Mas... e se esse amor acabasse? E se ele acordasse deste sonho? E se, como já acontecera uma vez, ele fosse colocado dentro de um carro e abandonado em uma rua distante? É possível perceber um olhar de aflição no cão. Ele teme, sente-se angustiado, algo de errado pode acontecer a qualquer momento.
Com todos esses temores, o cãozinho passa a ficar o tempo todo temeroso. Teme contrariar seus novos donos, teme ser mandado embora, teme não agradar o suficiente. Passa a não mais entrar na casa com medo de sujar o chão; sente necessidade entender o que os donos querem e tentar agradá-los; passa a não mais pular em seus donos quando estes chegam da rua, afinal ele podem não gostar desse comportamento; começa a não balançar o rabinho com tanto entusiasmo, talvez eles não gostem de cães tão eufóricos; é melhor não latir nem perseguir gatos, isso pode irrita-los... todos os comportamentos do cão é controlado por seu temor de ser abandonado.
E aos poucos, apático e triste, o cão vai ser tornando cada vez menos presente naquela família, cada vez menos participativo na vida daquela criança. O tempo passa e o menino cresce. Agora seus interesses são outros, agora não há tempo para um cão tão tristonho. Agora não há espaço para um cão quase inexistente. O dinheiro está curto, o tempo também, talvez seja melhor abandonar esse cão para que outra família, com mais condições e tempo possa cuidar dele. E novamente o cão entra no carro rumo a uma rua distante, de onde ele não sabe voltar.
sexta-feira, 28 de março de 2008
Não foi dessa vez :(
Saiu o resultado. Eu não passei. Não foi dessa vez.
Agora é hora de varrer os 354.212 planos que fiz para debaixo do tapete. Nada de apartamento, nada de filhote de cachoro, nada de comidinha light e saudável na geladeira, nada de silêncio, nada de liberdade. Não será dessa vez. Sorry, estou triste mesmo. Na verdade, um pouco menos triste do que pareço (eu sou uma eterna dramática, esqueceu?) e um pouco mais vazia que de costume...
Como sou uma viciada em planos para o futuro, ontem mesmo estava traçando o plano B, o que iria fazer agora, que rumo tomaria, futuras despesas e novas possibilidades. Se eu tenho um vício, tenho certeza que é este: fazer planos! Não consigo viver sem ter um objetivo a perseguir, não consigo caminhar se não tiver uma direção determinada. Preciso de projetos, quero novos planos...
Posso começar a escrever um livro, afinal, tenho tanta história pra contar... aliás, aquela pós graduação em cinema sempre foi meu sonho, as matrículas estão abertas... além disso, existe a possibilidade da clínica, atendimento de crianças, talvez a hora seja agora... concursos públicos sempre estão surgindo... novas áreas de atuação...
Socorro! Alguém pode me ensinar a parar e apenas respeitar meu momento?
Agora é hora de varrer os 354.212 planos que fiz para debaixo do tapete. Nada de apartamento, nada de filhote de cachoro, nada de comidinha light e saudável na geladeira, nada de silêncio, nada de liberdade. Não será dessa vez. Sorry, estou triste mesmo. Na verdade, um pouco menos triste do que pareço (eu sou uma eterna dramática, esqueceu?) e um pouco mais vazia que de costume...
Como sou uma viciada em planos para o futuro, ontem mesmo estava traçando o plano B, o que iria fazer agora, que rumo tomaria, futuras despesas e novas possibilidades. Se eu tenho um vício, tenho certeza que é este: fazer planos! Não consigo viver sem ter um objetivo a perseguir, não consigo caminhar se não tiver uma direção determinada. Preciso de projetos, quero novos planos...
Posso começar a escrever um livro, afinal, tenho tanta história pra contar... aliás, aquela pós graduação em cinema sempre foi meu sonho, as matrículas estão abertas... além disso, existe a possibilidade da clínica, atendimento de crianças, talvez a hora seja agora... concursos públicos sempre estão surgindo... novas áreas de atuação...
Socorro! Alguém pode me ensinar a parar e apenas respeitar meu momento?
quinta-feira, 20 de março de 2008
Cartola, sempre Cartola
Depois de quase um um mês sem escrever, há tanta coisa a ser dita, tanta coisa apertando o peito, tanta fantasia passando pela cabeça, tanta música tocando o coração...
Nesse exato momento Cartola canta uma celebração à vida, à felicidade e às coisas simples. Cada verso toda fundo, o pezinho vai marcando discretamente o ritmo e um sorriso de canto de boca se desenha... "alvorada lá no morro, que beleza! ninguém chora, não há tristeza, ninguém sente dissabor... o sol colorindo, é tão lindo! é tão lindoooooo..."
Ao mesmo tempo, uma britadeira na construção próxima à minha casa faz questão de mostrar ao mundo sua existência. Ela grita, quase berra. Cada pancada faz o chão tremer e as janelas vibrarem. Isso! Grite, berre! Mostre pra todo mundo que a vida real é assim, que a vida real não tem tempo para canções tentimentalóides.
E Cartola persiste timidamente tocando meu coração...
Nesse exato momento Cartola canta uma celebração à vida, à felicidade e às coisas simples. Cada verso toda fundo, o pezinho vai marcando discretamente o ritmo e um sorriso de canto de boca se desenha... "alvorada lá no morro, que beleza! ninguém chora, não há tristeza, ninguém sente dissabor... o sol colorindo, é tão lindo! é tão lindoooooo..."
Ao mesmo tempo, uma britadeira na construção próxima à minha casa faz questão de mostrar ao mundo sua existência. Ela grita, quase berra. Cada pancada faz o chão tremer e as janelas vibrarem. Isso! Grite, berre! Mostre pra todo mundo que a vida real é assim, que a vida real não tem tempo para canções tentimentalóides.
E Cartola persiste timidamente tocando meu coração...
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Dando um tempo na batalha
Desisti temporariamente de minha batalha com o computador. Repito: temporariamente. O fato é que não tenho de continuar essa luta que me exigiria muitos neurônios, várias tentativas, telefonemas para amigos que sacam tudo de computer etc, etc, etc... Hoje não.
Hoje minha cabeça está a mil e sem tempo para esse joguinho de nervos. Se meu computador não quer me obedecer e colocar as fotos que eu escolho, tudo bem. Afinal, que mal há em deixá-lo expressar sua vontade às vezes. Aproveite meu caro amigo, pois hoje eu não lutarei contigo.
Dentre as várias coisas que atualmente ocupam minha mente, meu mais recente sintoma é o mais intrigante. Descobri que tenho bruxismo. Não, não sou uma bruxa, tampouco saio por aí enfeitiçando, distribuindo maçãs envenenadas ou fazendo sopa com perninhas de rã e teias de aranha. O que tenho é um forte ranger de dentes durante o período em que estou dormindo. É um barulho alto, ás vezes eu mesma acordo com o ruído. Segundo descrição de quem dorme ao meu lado, é como se eu estivesse mastigando uma balinha Halls enquanto durmo. Parece que meus dentes vão todos quebrar... que maravilha! Era o que me faltava.
Essa manhã, fiz o que a maioria faria nesta situação: entrei na net e pesquisei sobre meu novo problema e... bingo! A causa do bruxismo é a ansiedade e o estresse. Minha vontade é de rir. Aquela piada que escuto desde a faculdade se confirma: se envolve febre é virose, se não tem febre é estresse. No meu caso, o bruxismo não provoca febre... logo, a origem é o estresse. Como a origem do problema é o estresse e a ansiedade, o problema não tem cura. O que se deve fazer é diminuir esses fatores, buscar relaxar, fazer exercícios, ioga, meditação, psicoterapia etc.
Nos casos em que o bruxismo começa a prejudicar a arcada dentária, abalar os dentes ou inflamar a gengiva, a solução é o uso de uma prótese de silicone ou acrílico que evita o desgaste das articulações e protege os dentes.
Que maravilha!!! Agora, além de comprovadamente estressada, vou passar a dormir com um mordedor, quase uma focinheira (meu cachorro deve estar rindo de mim)... eu devo ter grudado chiclete na cruz, ou então passei roupa na tábua dos dez mandamentos em outra encarnação!
Vou aproveitar meu bom humor mórbido e marcar uma consulta com meu odontólogo. Veremos se meu caso tem solução...
Hoje minha cabeça está a mil e sem tempo para esse joguinho de nervos. Se meu computador não quer me obedecer e colocar as fotos que eu escolho, tudo bem. Afinal, que mal há em deixá-lo expressar sua vontade às vezes. Aproveite meu caro amigo, pois hoje eu não lutarei contigo.
Dentre as várias coisas que atualmente ocupam minha mente, meu mais recente sintoma é o mais intrigante. Descobri que tenho bruxismo. Não, não sou uma bruxa, tampouco saio por aí enfeitiçando, distribuindo maçãs envenenadas ou fazendo sopa com perninhas de rã e teias de aranha. O que tenho é um forte ranger de dentes durante o período em que estou dormindo. É um barulho alto, ás vezes eu mesma acordo com o ruído. Segundo descrição de quem dorme ao meu lado, é como se eu estivesse mastigando uma balinha Halls enquanto durmo. Parece que meus dentes vão todos quebrar... que maravilha! Era o que me faltava.
Essa manhã, fiz o que a maioria faria nesta situação: entrei na net e pesquisei sobre meu novo problema e... bingo! A causa do bruxismo é a ansiedade e o estresse. Minha vontade é de rir. Aquela piada que escuto desde a faculdade se confirma: se envolve febre é virose, se não tem febre é estresse. No meu caso, o bruxismo não provoca febre... logo, a origem é o estresse. Como a origem do problema é o estresse e a ansiedade, o problema não tem cura. O que se deve fazer é diminuir esses fatores, buscar relaxar, fazer exercícios, ioga, meditação, psicoterapia etc.
Nos casos em que o bruxismo começa a prejudicar a arcada dentária, abalar os dentes ou inflamar a gengiva, a solução é o uso de uma prótese de silicone ou acrílico que evita o desgaste das articulações e protege os dentes.
Que maravilha!!! Agora, além de comprovadamente estressada, vou passar a dormir com um mordedor, quase uma focinheira (meu cachorro deve estar rindo de mim)... eu devo ter grudado chiclete na cruz, ou então passei roupa na tábua dos dez mandamentos em outra encarnação!
Vou aproveitar meu bom humor mórbido e marcar uma consulta com meu odontólogo. Veremos se meu caso tem solução...
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
A batalha - parte II
Ok, ok, ok... a máquina está vencendo, por enquanto.
Essa minha derrota momentânea teve o envolvimento de um fator crucial: a falta de tempo! Então, maquininha dos infernos, não comemore vitória antes da hora. Aqui quem escolhe as fotos sou EU e não você... Você não tem vontade própria, lembre-se sempre disso.
Aliás, só para constar, conversei com alguém que saca tuuuuuudo de computador e ele levantou algumas hipóteses sobre a falha... e principalmente sobre como corrigi-la.
Ou seja, minha vitória se aproxima.
Essa minha derrota momentânea teve o envolvimento de um fator crucial: a falta de tempo! Então, maquininha dos infernos, não comemore vitória antes da hora. Aqui quem escolhe as fotos sou EU e não você... Você não tem vontade própria, lembre-se sempre disso.
Aliás, só para constar, conversei com alguém que saca tuuuuuudo de computador e ele levantou algumas hipóteses sobre a falha... e principalmente sobre como corrigi-la.
Ou seja, minha vitória se aproxima.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
A batalha - parte I
Fazem quase 2 horas que estou tentando postar algumas fotos lindinhas escolhidas entre outras 300 da minha viagem ao Chile. Contudo, meu computador resolveu travar uma batalha incansável e não aceita as fotos que eu escolho. Ele tem vontade própria e escolhe outras fotos a minha revelia. Aliás, quase sempre as piores fotos que tenho no album. Quero deixar bem claro para este meu brinquedinho eletrônico que eu não desisti da luta, apenas estou cansada e tenho mais o que fazer. Amanhã eu volto e provo pra quem quiser conferir que nesta batalha entre o homem (ou melhor, a mulher!!!) e a máquina só pode haver um vencedor... c'est moi!
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Falando demais
As vezes sinto-me uma criança, imatura, birrenta, falando pelos cotovelos (o que devo e principalmente o que não devo)... e depois me arrependo por falar demais, por confiar demais, por me expor demais, por ser ingênua demais.
Tem certas coisas que pensamos e que devemos levar conosco, que devemos engolir seco, que não devemos repartir com ninguém. As pessoas não compreendem o mundo a partir do meu ponto de vista. As pessoas não são obrigadas a concordar com o que eu penso. As pessoas não têm os mesmos padrões morais que eu. E as pessoas podem reagir da pior forma possível a isso.
Então, por que eu insisto em falar tanto? Por que eu entrego de bandeja tudo o que pode (e provavelmente será) utilizado contra mim? Por que eu preciso me expor tanto? Que porra de necessidade é essa? Por que eu insisto nesse tipo de comportamento mesmo sabendo que me faz mal? Será que mesmo com 28 anos nas costas e cometendo sempre o mesmo erro, eu não sou capaz de aprender as conseqüências disso???
Talvez a saída seja um voto de silêncio... mas no meu caso isso é quase impossível. Ou talvez deva me comportar como uma pessoa qualquer, que não tem quase nada na cabeça, muito menos opinião própria. Acho que é isso que devo fazer. A partir de agora vou falar apenas abobrinhas, coisas fúteis e bobagens cotidianas. Vou parar de expor o que realmente penso e sinto, agora só falarei amenidades. Nada que vá muito além do babado da última festa daquela boate, ou do último paredão do Big Brother, ou ainda sobre a última novidade em dieta e lipo.
Bom dia, futilidade... aí vou eu!
Tem certas coisas que pensamos e que devemos levar conosco, que devemos engolir seco, que não devemos repartir com ninguém. As pessoas não compreendem o mundo a partir do meu ponto de vista. As pessoas não são obrigadas a concordar com o que eu penso. As pessoas não têm os mesmos padrões morais que eu. E as pessoas podem reagir da pior forma possível a isso.
Então, por que eu insisto em falar tanto? Por que eu entrego de bandeja tudo o que pode (e provavelmente será) utilizado contra mim? Por que eu preciso me expor tanto? Que porra de necessidade é essa? Por que eu insisto nesse tipo de comportamento mesmo sabendo que me faz mal? Será que mesmo com 28 anos nas costas e cometendo sempre o mesmo erro, eu não sou capaz de aprender as conseqüências disso???
Talvez a saída seja um voto de silêncio... mas no meu caso isso é quase impossível. Ou talvez deva me comportar como uma pessoa qualquer, que não tem quase nada na cabeça, muito menos opinião própria. Acho que é isso que devo fazer. A partir de agora vou falar apenas abobrinhas, coisas fúteis e bobagens cotidianas. Vou parar de expor o que realmente penso e sinto, agora só falarei amenidades. Nada que vá muito além do babado da última festa daquela boate, ou do último paredão do Big Brother, ou ainda sobre a última novidade em dieta e lipo.
Bom dia, futilidade... aí vou eu!
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Top 10 do Chile - 2008
[1] Visitar as viñas degustando os melhores vinhos nacionais.
[2] O cães de Santiago.
[3] A civilidade, educação e gentileza do povo chileno.
[4] Os elevados de Valparaíso.
[5] Mergulho no lago Villa Rica em Pucón.
[6] Pisco sour, muito pisco sour.
[7] Pizza e vinho no Pátio Bela Vista.
[8] Passeio pelo centro de Santiago e pelo parque fllorestal.
[9] As paisagens belíssimas de Pucón.
[10] Durmir e acordar juntinho.
... não necessariamente nessa ordem...
O que é o oposto do Top 10?
Não sei o nome mas, aí vai a lista:
[1] A não subida no Vulcão Villa Rica.
[2] A grana gasta na não subida no Vulcão Villa Rica.
[3] Me sentir péssima por ter sido a única do grupo a não subir.
[4] Constatar que estou fora de forma.
[5] Decidir largar a bohemia, me tornar uma atleta e ouvir gargalhadas das amigas.
[6] A mania que os chilenos têm de buzina.
[7] O porto de Valparaíso.
[8] Detonar o único tênis que eu tinha pra virar uma atleta.
[9] Voltar pra minha cidade e ver que continua tudo igual.
[10] Constatar novamente minha mania imbecil de listas!
... não necessariamente nesta ordem...
[2] O cães de Santiago.
[3] A civilidade, educação e gentileza do povo chileno.
[4] Os elevados de Valparaíso.
[5] Mergulho no lago Villa Rica em Pucón.
[6] Pisco sour, muito pisco sour.
[7] Pizza e vinho no Pátio Bela Vista.
[8] Passeio pelo centro de Santiago e pelo parque fllorestal.
[9] As paisagens belíssimas de Pucón.
[10] Durmir e acordar juntinho.
... não necessariamente nessa ordem...
O que é o oposto do Top 10?
Não sei o nome mas, aí vai a lista:
[1] A não subida no Vulcão Villa Rica.
[2] A grana gasta na não subida no Vulcão Villa Rica.
[3] Me sentir péssima por ter sido a única do grupo a não subir.
[4] Constatar que estou fora de forma.
[5] Decidir largar a bohemia, me tornar uma atleta e ouvir gargalhadas das amigas.
[6] A mania que os chilenos têm de buzina.
[7] O porto de Valparaíso.
[8] Detonar o único tênis que eu tinha pra virar uma atleta.
[9] Voltar pra minha cidade e ver que continua tudo igual.
[10] Constatar novamente minha mania imbecil de listas!
... não necessariamente nesta ordem...
Conversa inútil
Na rodoviária escuto este belo diálogo:
- O livro tem umas quinhentas páginas. Quinhentas! Eu comecei a ler no sábado e já estou quase acabando.
- Quinhentas? E você está lendo? Não acredito que você está lendo.
- Estou sim, e tem quinhentas páginas.
- O livro tem umas quinhentas páginas. Quinhentas! Eu comecei a ler no sábado e já estou quase acabando.
- Quinhentas? E você está lendo? Não acredito que você está lendo.
- Estou sim, e tem quinhentas páginas.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
O dia em que meu corpo me derrotou
Depois de preparar cuidadosamente uma sacola com sanduiches de "jamón y queso", verificar água e chocolates, enquanto degustava um vinho nacional, estava pronta para dormir. Já eram 00:30 hs e sabia que tinha que estar pronta para partir com o grupo as 3:55 hs. As 3:15 hs acordei sonolenta, mas logo o sono foi substituido por uma grande euforia: eu iria subir o vulcao Villarica, um dos mais altos de Pucón - Chile, e ainda em atividade.
A van nos leva por um caminho longo e cheio de curvas, em direçao a base do vulcao. Todos estao calados. Ente nós (eu e Alexandre - brasileños) há também um noroeguês, americanos, alemaes, israelitas e os guias chilenos. A expectativa é grande em todos, principalmente em mim.
Ao chegar na base, calçamos as pesadas botas, recebemos um instrumento que se parece com uma picareta e nos reunimos em círculo para escutar as instruçoes dos guias... instruçoes em inglês. Que beleza, me sinto um ET. Depois das explicaçoes peço que repita tudo "em español para la chica brasileña".
Ok, começamos a subida em fila indiana. A terra por onde pisamos é totalmente diferente de tudo o que eu já vi. É areia vulcânia, escura, quase preta e muito pesada. A sensaçao é como se eu pisasse em uma areia muito fofa, mas grossa, atolando os pés até a altura dos tornozelos, com botas pesadíssimas, numa subida muito íngrime e deslizante. Subo 3 passos e escorrego 2. O ritmo é pesado, frenético, numa escuridao quase total.
Comecei a subida na parte inicial da fila. A mochila que carrego pesa cerca de 20 quilos, agora parece pesar 100. Depois de alguns minutos nao estou no início da fila, mas no meio, pouco depois estou ficando cada vez mais para trás. Me dou conta de que sou a segunda pessoa mais velha do grupo (o mais velho é o Alexandre), todos ali têm entre 19 e 23 anos, incluindo os guias. E todos praticam esportes!
Naquele momento percebi que estava fudida (com o perdao da palavra totalmente adequada!). As pernas começam a falhar, a boca fica seca e minha visao escurece por alguns segundos. Paro para tomar água. Um dos guias me auxilia, pede para que o siga "despacio pero constante, sin parar". Ele me lembra que temos mais 8 horas de passeio, sendo 5 de subida íngrime em terreno muito instável.
Continuo caminhando, devagar mas constante, atrás de Rubéns, meu guia e simpático anjo da guarda, descendente de um cacique mapuche. Mais algun s minutos e minhas pernas perdem quase totalmente a força. Vou cair. Minha mochila parece pesar ma tonelada. Respiro fundo, paro por alguns segundos e repito alto: o que é isso? Vamos lá? Coragem!!! Rubens acha engraçado e admira meu senso de humor, diz que é importante para chegar ao alto.
Tiro forças nao sei de onde e firmo o passo. Piso forte. Tenho que continuar a caminhada, afinal, logo o sol vai nascer e quanto mais alto eu subir, mais lindo será o espetáculo.
Depois de mais alguns minutos meu corpo se recusa a continuar. Páro para vomitar tudo o que existe e o que nao existe no meu estômago. Meu corpo nao aceita a caminhada. Rubens diz que essa é uma reaçao normal do organismo diante de um esforço físico extremo, para o qual ele nao está adaptado.
Minha vontade de vomitar e de desmaiar é imensa. Triste, pergunto o quanto andamos e quanto falta. Andamos menos de 15% do percurso e a subida final é ainda mais pesada. Quero chorar, mas estou passando muito mal para isso. Tenho que voltar. Nao consigo subir. Rubens desce comigo enquanto o resto do grupo segue em frente. Ele é um guia gente-boa e tenta me alegrar, brinca, diz que muitos nao conseguem , que isso é comum a quem nao pratica exercícios, espera o sol nascer comigo e depois me leva até a base.
As 9:00 hs já estou no quanrto do hotel. Triste, cansada, frustrada, 25000 pesos chilenos mais pobre (eles fizeram um desconto de 10000 pesos de consolo), e com a certeza de que tenho que praticar exercícios ou meu corpo continuará me derrotando.
A van nos leva por um caminho longo e cheio de curvas, em direçao a base do vulcao. Todos estao calados. Ente nós (eu e Alexandre - brasileños) há também um noroeguês, americanos, alemaes, israelitas e os guias chilenos. A expectativa é grande em todos, principalmente em mim.
Ao chegar na base, calçamos as pesadas botas, recebemos um instrumento que se parece com uma picareta e nos reunimos em círculo para escutar as instruçoes dos guias... instruçoes em inglês. Que beleza, me sinto um ET. Depois das explicaçoes peço que repita tudo "em español para la chica brasileña".
Ok, começamos a subida em fila indiana. A terra por onde pisamos é totalmente diferente de tudo o que eu já vi. É areia vulcânia, escura, quase preta e muito pesada. A sensaçao é como se eu pisasse em uma areia muito fofa, mas grossa, atolando os pés até a altura dos tornozelos, com botas pesadíssimas, numa subida muito íngrime e deslizante. Subo 3 passos e escorrego 2. O ritmo é pesado, frenético, numa escuridao quase total.
Comecei a subida na parte inicial da fila. A mochila que carrego pesa cerca de 20 quilos, agora parece pesar 100. Depois de alguns minutos nao estou no início da fila, mas no meio, pouco depois estou ficando cada vez mais para trás. Me dou conta de que sou a segunda pessoa mais velha do grupo (o mais velho é o Alexandre), todos ali têm entre 19 e 23 anos, incluindo os guias. E todos praticam esportes!
Naquele momento percebi que estava fudida (com o perdao da palavra totalmente adequada!). As pernas começam a falhar, a boca fica seca e minha visao escurece por alguns segundos. Paro para tomar água. Um dos guias me auxilia, pede para que o siga "despacio pero constante, sin parar". Ele me lembra que temos mais 8 horas de passeio, sendo 5 de subida íngrime em terreno muito instável.
Continuo caminhando, devagar mas constante, atrás de Rubéns, meu guia e simpático anjo da guarda, descendente de um cacique mapuche. Mais algun s minutos e minhas pernas perdem quase totalmente a força. Vou cair. Minha mochila parece pesar ma tonelada. Respiro fundo, paro por alguns segundos e repito alto: o que é isso? Vamos lá? Coragem!!! Rubens acha engraçado e admira meu senso de humor, diz que é importante para chegar ao alto.
Tiro forças nao sei de onde e firmo o passo. Piso forte. Tenho que continuar a caminhada, afinal, logo o sol vai nascer e quanto mais alto eu subir, mais lindo será o espetáculo.
Depois de mais alguns minutos meu corpo se recusa a continuar. Páro para vomitar tudo o que existe e o que nao existe no meu estômago. Meu corpo nao aceita a caminhada. Rubens diz que essa é uma reaçao normal do organismo diante de um esforço físico extremo, para o qual ele nao está adaptado.
Minha vontade de vomitar e de desmaiar é imensa. Triste, pergunto o quanto andamos e quanto falta. Andamos menos de 15% do percurso e a subida final é ainda mais pesada. Quero chorar, mas estou passando muito mal para isso. Tenho que voltar. Nao consigo subir. Rubens desce comigo enquanto o resto do grupo segue em frente. Ele é um guia gente-boa e tenta me alegrar, brinca, diz que muitos nao conseguem , que isso é comum a quem nao pratica exercícios, espera o sol nascer comigo e depois me leva até a base.
As 9:00 hs já estou no quanrto do hotel. Triste, cansada, frustrada, 25000 pesos chilenos mais pobre (eles fizeram um desconto de 10000 pesos de consolo), e com a certeza de que tenho que praticar exercícios ou meu corpo continuará me derrotando.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
25 sensações no momento
[1] Uma ansiedade danada com a viagem que vai chegar
[2] Um friozinho nos pés por causa do vento que entra pela fresta
[3] Um aconchego do Foca que tenta lamber minha mão enquanto digito
[4] A lambida é uma espécie de beijo dos cães
[5] Hi, lembrei que não retornei aquele telefonema
[6] Pequeno sentimento de culpa pelo esquecimento
[7] Já passou... amanhã ligo
[8] Uma lista de coisas a providenciar para a viagem
[9] Minha cabeça a mil por hora
[10] Vontade de ligar pras amigas e combinar um almoço amanhã
[11] Um sorriso no rosto ao ouvir a música do Seu Jorge
[12] A música se mistura com o latido do Foca na varanda
[13] O telefone toca... é a Camila
[14] Pausa pra falar com a amiga
[15] Irritação com a música do Zeca Baleiro que começa
[16] Volto a pensar em coisas a serem providenciadas
[17] Tenho que fazer uma listinha de lembrancinhas pros amigos
[18] Será que a grana vai dar pras lembracinhas?
[19] Vontade de chorar ao lembrar do meu saldo bancário
[20] Pare de pensar nisso... afinal você está quase saindo de viagem
[21] O filho do vizinho chora alto, muito alto
[22] Sinto frio, o tempo está fechando
[23] Hum, hoje é sexta-feira
[24] E amanhã é sábado
[25] Adoro final de semana!
[2] Um friozinho nos pés por causa do vento que entra pela fresta
[3] Um aconchego do Foca que tenta lamber minha mão enquanto digito
[4] A lambida é uma espécie de beijo dos cães
[5] Hi, lembrei que não retornei aquele telefonema
[6] Pequeno sentimento de culpa pelo esquecimento
[7] Já passou... amanhã ligo
[8] Uma lista de coisas a providenciar para a viagem
[9] Minha cabeça a mil por hora
[10] Vontade de ligar pras amigas e combinar um almoço amanhã
[11] Um sorriso no rosto ao ouvir a música do Seu Jorge
[12] A música se mistura com o latido do Foca na varanda
[13] O telefone toca... é a Camila
[14] Pausa pra falar com a amiga
[15] Irritação com a música do Zeca Baleiro que começa
[16] Volto a pensar em coisas a serem providenciadas
[17] Tenho que fazer uma listinha de lembrancinhas pros amigos
[18] Será que a grana vai dar pras lembracinhas?
[19] Vontade de chorar ao lembrar do meu saldo bancário
[20] Pare de pensar nisso... afinal você está quase saindo de viagem
[21] O filho do vizinho chora alto, muito alto
[22] Sinto frio, o tempo está fechando
[23] Hum, hoje é sexta-feira
[24] E amanhã é sábado
[25] Adoro final de semana!
sábado, 19 de janeiro de 2008
Vivienne Westwood e o discurso sobre a essência
Essa semana assisti uma reportagem durante a madrugada sobre a estilista Vivienne Westwood, que criou a moda punk e revolucionou a alta costura. Atualmente ela expõe sua obra (e mais de 200 pares de sapatos criados por ela) no museu Victoria & Albert de Londres. Pra saber um pouquinho mais...
http://www2.uol.com.br/modaalmanaque/estilistas/estilistas_vivienne.htm
São várias as coisas que me chamaram a atenção nas falas dessa senhora de 63 anos, de aparência extravagante e vestuário nada convencional. Porém, o que me marcou foi um diálogo que ela teve com a neta de 10 anos. Vivienne criou um vestido ultramoderno para a neta e observou que ela não usava. Para seu desespero, a neta sempre vestia roupas muito simples e convencionais. Diante disso, a avó perguntou:
- Por que você não usa o vestido que te dei? Não gostou?
- Não é nada disso, vó. O que importa é o que você é, e não o que você veste; - observou a neta.
- E quem te disse essa bobagem???
O diálogo acaba aqui, e não é preciso dizer mais nada. Toda criança aprende na escola, com professoras muito bem intencionadas, que o importante é o que você é, e que aparência é apenas superficialidade. Lindo isso. Impossível discordar dessa afirmação que tem forte respaldo na ideologia hippie dos anos 70 (da qual fui - ? - adepta durante anos - quem me conhece há mais tempo se lembra disso). O grande problema é quando ligo a TV e vejo que a Malhação fala a mesma coisa. No folhetim das 17 horas, a mocinha é uma pobre filha da faxineira e repete o tempo todo que importante é a dignidade, os sonhos, o esforço pessoal, o talento, enfim, o que importa é o que você é e não as roupas de marca das colegas do Colégio Múltipla Escolha. Aliás, discurso idêntico ao das outras novelas de todas as outras emissoras.
Peraí. Pára tudo. O que é isso? Esse discurso lindo me parece redondo demais, convincente demais, conveniente demais... e se é conveniente, é conveniente a alguém. Por trás de todo discurso bonitinho transmitido pela mídia e pela educação tradicional está uma ideologia e essa ideologia é a da classe dominante, nunca da subalterna. Todo esse discurso repetido com veemência e de aparência incontestável (afinal, alguém duvida que o importante é a essência?) tem uma finalidade última: manter o status quo. Manter as coisas como são. Manter a imobilidade social e o controle sobre os que não detêm o poder (dentre eles, a pessoa que vos escreve). Bom, qualquer um que goste um pouco de sociologia ou tenha leitura da obra de Marx já ouviu falar algo nesse sentido.
Assim, a Malhação diz para a filha da faxineira que ela não precisa invejar ou desejar a calça de marca, pois ela é importante sendo do jeito que é. E a escola diz para os alunos que eles não precisam de lancheiras Hello Kit, nem de videogame PlayStation II. O importante é ser digno, honesto, estudioso, trabalhador (O trabalho enobrece o homem, lembra?). O resto é futilidade...
Minha cabeça dá um nó. Não discordo de nada disso, mas alguém pode me explicar por que no mundo real é o exato oposto? Na prática não importa o quanto você estude, quantos livros você leu, quão honesto e leal você é. Na prática, no dia a dia, o mundo só olha a casca.
Então, será que dá pra falar que a madame Vivienne está errada?
http://www2.uol.com.br/modaalmanaque/estilistas/estilistas_vivienne.htm
São várias as coisas que me chamaram a atenção nas falas dessa senhora de 63 anos, de aparência extravagante e vestuário nada convencional. Porém, o que me marcou foi um diálogo que ela teve com a neta de 10 anos. Vivienne criou um vestido ultramoderno para a neta e observou que ela não usava. Para seu desespero, a neta sempre vestia roupas muito simples e convencionais. Diante disso, a avó perguntou:
- Por que você não usa o vestido que te dei? Não gostou?
- Não é nada disso, vó. O que importa é o que você é, e não o que você veste; - observou a neta.
- E quem te disse essa bobagem???
O diálogo acaba aqui, e não é preciso dizer mais nada. Toda criança aprende na escola, com professoras muito bem intencionadas, que o importante é o que você é, e que aparência é apenas superficialidade. Lindo isso. Impossível discordar dessa afirmação que tem forte respaldo na ideologia hippie dos anos 70 (da qual fui - ? - adepta durante anos - quem me conhece há mais tempo se lembra disso). O grande problema é quando ligo a TV e vejo que a Malhação fala a mesma coisa. No folhetim das 17 horas, a mocinha é uma pobre filha da faxineira e repete o tempo todo que importante é a dignidade, os sonhos, o esforço pessoal, o talento, enfim, o que importa é o que você é e não as roupas de marca das colegas do Colégio Múltipla Escolha. Aliás, discurso idêntico ao das outras novelas de todas as outras emissoras.
Peraí. Pára tudo. O que é isso? Esse discurso lindo me parece redondo demais, convincente demais, conveniente demais... e se é conveniente, é conveniente a alguém. Por trás de todo discurso bonitinho transmitido pela mídia e pela educação tradicional está uma ideologia e essa ideologia é a da classe dominante, nunca da subalterna. Todo esse discurso repetido com veemência e de aparência incontestável (afinal, alguém duvida que o importante é a essência?) tem uma finalidade última: manter o status quo. Manter as coisas como são. Manter a imobilidade social e o controle sobre os que não detêm o poder (dentre eles, a pessoa que vos escreve). Bom, qualquer um que goste um pouco de sociologia ou tenha leitura da obra de Marx já ouviu falar algo nesse sentido.
Assim, a Malhação diz para a filha da faxineira que ela não precisa invejar ou desejar a calça de marca, pois ela é importante sendo do jeito que é. E a escola diz para os alunos que eles não precisam de lancheiras Hello Kit, nem de videogame PlayStation II. O importante é ser digno, honesto, estudioso, trabalhador (O trabalho enobrece o homem, lembra?). O resto é futilidade...
Minha cabeça dá um nó. Não discordo de nada disso, mas alguém pode me explicar por que no mundo real é o exato oposto? Na prática não importa o quanto você estude, quantos livros você leu, quão honesto e leal você é. Na prática, no dia a dia, o mundo só olha a casca.
Então, será que dá pra falar que a madame Vivienne está errada?
domingo, 13 de janeiro de 2008
A filha do Griladão
Certas coisas só acontecem no Jardim América. Este bairro tem muitas peculiaridades e guarda histórias bem interessantes. Seus moradores (em sua maioria) ignoram o fato de este ser um dos maiores bairros da capital e conservam hábitos típicos das cidades de interior ou das antigas vilas. Aqui as pessoas ainda sentam nas calçadas e ficam batendo papo com os vizinhos, todos andam nas ruas e ignoram a existência de calçadas, obrigando os carros a desviarem das pessoas, têm tempo para conversar sobre a vida alheia e todo mundo conhece todo mundo. Andar a pé nessa região é sempre um convite ao espanto ou a minutos de boas risadas. Aqui, caminhar até a agência de correios que fica a 300 metros é ter a certeza de ser interrompida por alguma velha senhora que pergunta se sou filha de fulano ou se conheço siclano, afinal, "você é a cara dela"; ter que acenar para o frentista do posto de gasolina que dá tchau do outro lado da rua; ou ainda escutar do atendente da lanchonete (com quem eu NUNCA conversei mais do que "bom dia" e "obrigada") que faz tempo que ele não me vê passando por ali, será que eu mudei meu horário de trabalho, etc...
Já estou acostumada com esses acontecimentos, mas a vida no Jardim América é uma caixinha de surpresas, se é que posso plagiar aquele comediante. Ontem fui até a mercearia (coisa típica do Jardim América) para comprar mussarela. Ao passar no caixa pedi para anotar a compra (comprar fiado é uma das várias características interioranas ainda presentes por aqui):
- Você anota por favor na conta do... (não terminei de falar e fui interrompida pelo caixa, que eu nunca havia visto antes, ou pelo menos não me lembro...)
- Você é filha do professor, né? O griladão.
- Ãh, como? (e comecei a rir...) Griladão?
- O professor, o griladão. Ele é um cara muito griladão. Ele chega aqui sempre grilado, de cara feia, reclama com todo mundo, griladão. (Enquanto isso, o dono da mercearia olha com cara de poucos amigos para o atendente que, certamente, vai ouvir uma grande bronca ou ficar sem seu valioso emprego).
- Ah, sou eu sim, a filha do griladão. Você anota, por favor?
Já estou acostumada com esses acontecimentos, mas a vida no Jardim América é uma caixinha de surpresas, se é que posso plagiar aquele comediante. Ontem fui até a mercearia (coisa típica do Jardim América) para comprar mussarela. Ao passar no caixa pedi para anotar a compra (comprar fiado é uma das várias características interioranas ainda presentes por aqui):
- Você anota por favor na conta do... (não terminei de falar e fui interrompida pelo caixa, que eu nunca havia visto antes, ou pelo menos não me lembro...)
- Você é filha do professor, né? O griladão.
- Ãh, como? (e comecei a rir...) Griladão?
- O professor, o griladão. Ele é um cara muito griladão. Ele chega aqui sempre grilado, de cara feia, reclama com todo mundo, griladão. (Enquanto isso, o dono da mercearia olha com cara de poucos amigos para o atendente que, certamente, vai ouvir uma grande bronca ou ficar sem seu valioso emprego).
- Ah, sou eu sim, a filha do griladão. Você anota, por favor?
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Receita de Ano Novo
Encontrei estes versos e não resisti em postá-los, mesmo atrasado...
*****
Receita de Ano Novo (Carlos Drummond de Andrade)
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados,
começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
*****
Receita de Ano Novo (Carlos Drummond de Andrade)
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados,
começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Quem dá mais?
Estou ficando louca ou o grupo que mais cresce no Brasil é a gangue dos concurseiros? Muito mais que emos, punks, traficantes, nerds, prostitutas ou homossexuais, os concurseiros estão ocupando todos os cantos do país, cada esquina da cidade. Basta espirrar e você encontra com um.
Passar em um concurso e ser funcionário público virou objetivo de vida de muita gente e, desse jeito, devorar apostilas virou uma espécie de profissão, uma ocupação em período integral que ganha cada vez mais adeptos. E não estou falando de qualquer tipo de adepto. Estou falando de pessoas inteligentes, com bom nível sócio-econômico e boa formação cultural, que já viajaram algumas vezes para a Europa, que possuem graduações e pós-graduações (no plural!!!) e que hoje se rendem a aulas de direito administrativo e raciocínio lógico-matemático em cursinhos abarrotados de alunos. Mais um retrato triste de um país que não valoriza os profissionais que têm, que só se preocupa com bolsa-miséria, bolsa-fome, mas que corta todas (eu disse TODAS) as bolsas de doutorado pleno no exterior... É revoltante essa situação. Socorro! Pára o mundo que eu quero descer!
A pergunta é: o que eu faço com tudo o que eu aprendi em anos de estudo e que hoje ninguém valoriza? O que eu faço com essa estante cheia de livros de psicologia que fui comprando ao longo de todo esse período? Vendo no sebo? E mando com eles os resquícios de dignidade profissional que ainda me restam... peraí... me restavam...
Eu me rendo. Vou vender tudo e dar espaço a apostilas enfadonhas, repetitivas e cheias de erros gramaticais. Quem dá mais? Alguém se interessa por livros sobre exclusão social, violência, adolescência, representações sociais, metodologia de pesquisa e temas afins? Vou vender tudo e pagar minha anuidade no CRP... ops, sorry, para ser concurseiro não é preciso CRP... Tudo bem, vou vender tudo e usar pra pagar um bom dízimo em uma igreja evangélica de qualidade, que me prometa fartura e felicidade. De preferência alguma com uma sede majestosa, um templo gigantesco de oração e luz... Acho que vou aproveitar e vender minha alma também... se bem que, com tanta blasfêmia, talvez não valha muita coisa... Enfim, quem dá mais?
Passar em um concurso e ser funcionário público virou objetivo de vida de muita gente e, desse jeito, devorar apostilas virou uma espécie de profissão, uma ocupação em período integral que ganha cada vez mais adeptos. E não estou falando de qualquer tipo de adepto. Estou falando de pessoas inteligentes, com bom nível sócio-econômico e boa formação cultural, que já viajaram algumas vezes para a Europa, que possuem graduações e pós-graduações (no plural!!!) e que hoje se rendem a aulas de direito administrativo e raciocínio lógico-matemático em cursinhos abarrotados de alunos. Mais um retrato triste de um país que não valoriza os profissionais que têm, que só se preocupa com bolsa-miséria, bolsa-fome, mas que corta todas (eu disse TODAS) as bolsas de doutorado pleno no exterior... É revoltante essa situação. Socorro! Pára o mundo que eu quero descer!
A pergunta é: o que eu faço com tudo o que eu aprendi em anos de estudo e que hoje ninguém valoriza? O que eu faço com essa estante cheia de livros de psicologia que fui comprando ao longo de todo esse período? Vendo no sebo? E mando com eles os resquícios de dignidade profissional que ainda me restam... peraí... me restavam...
Eu me rendo. Vou vender tudo e dar espaço a apostilas enfadonhas, repetitivas e cheias de erros gramaticais. Quem dá mais? Alguém se interessa por livros sobre exclusão social, violência, adolescência, representações sociais, metodologia de pesquisa e temas afins? Vou vender tudo e pagar minha anuidade no CRP... ops, sorry, para ser concurseiro não é preciso CRP... Tudo bem, vou vender tudo e usar pra pagar um bom dízimo em uma igreja evangélica de qualidade, que me prometa fartura e felicidade. De preferência alguma com uma sede majestosa, um templo gigantesco de oração e luz... Acho que vou aproveitar e vender minha alma também... se bem que, com tanta blasfêmia, talvez não valha muita coisa... Enfim, quem dá mais?
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Outras coisas que eu odeio e 1 que eu adoro
Eu odeio "tunadores" de carros.
Eu odeio receber multa por algo que eu desconhecia.
Eu odeio gente folgada e desrespeitosa.
E eu adoro as cachoeiras de Piri...
Eu odeio receber multa por algo que eu desconhecia.
Eu odeio gente folgada e desrespeitosa.
E eu adoro as cachoeiras de Piri...
...
O que fazer com sentimentos e lembranças de algo que já aconteceu e sobre o qual não tenho qualquer controle?
Sempre que me lembro daquela noite sinto um misto de rancor, raiva e vergonha. É uma sensação desconcertante que invade meu corpo tornando meus pensamentos confusos e traiçoeiros. Gostaria de poder mudar o que aconteceu. Gostaria de poder mudar meus comportamentos, de ter agido de forma diferente. Por que eu não gritei, fiz um escândalo ou simplesmente fui embora? Odeio minha calma, meu excesso de racionalidade, minha excessiva capacidade de controle emocional. Como eu gostaria de ter perdido o controle!!!
Agora está tudo resolvido: todos os pedidos de desculpa e perdão foram feitos, todos os pontos dos "is" foram colocados, detalhes esclarecidos, lágrimas foram derramadas e promessas foram feitas. Está tudo resolvido, então, por que eu ainda sinto essa raiva tão grande e esse aperto no peito? O que eu faço com esses sentimentos?
Sempre que me lembro daquela noite sinto um misto de rancor, raiva e vergonha. É uma sensação desconcertante que invade meu corpo tornando meus pensamentos confusos e traiçoeiros. Gostaria de poder mudar o que aconteceu. Gostaria de poder mudar meus comportamentos, de ter agido de forma diferente. Por que eu não gritei, fiz um escândalo ou simplesmente fui embora? Odeio minha calma, meu excesso de racionalidade, minha excessiva capacidade de controle emocional. Como eu gostaria de ter perdido o controle!!!
Agora está tudo resolvido: todos os pedidos de desculpa e perdão foram feitos, todos os pontos dos "is" foram colocados, detalhes esclarecidos, lágrimas foram derramadas e promessas foram feitas. Está tudo resolvido, então, por que eu ainda sinto essa raiva tão grande e esse aperto no peito? O que eu faço com esses sentimentos?
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Férias e show de horrores
Mais um dia típico de férias: dormir até mais tarde, ficar algumas horas no computador, ler algumas páginas daquele livro que eu comecei há algum tempo e que espera ser terminado, pegar muitos filmes e seriados na locadora, caminhada até o banco pra comprovar minha já comprovada falta de grana... mais um dia típico de férias.
****
Ainda tento digerir os últimos fatos. Não sou do tipo que guarda rancor por muito tempo, mas desta vez está demorando um pouco a passar. Toda vez que me lembro daquela noite fatídica me sobe uma raiva gigantesca, uma vontade de gritar, um ódio capaz de assustar todos aqueles acostumados com minha calma e paciência. Mas a palavra é essa: ódio, raiva... nada menos que isso.
Se alguém souber a solução para isso, por favor me dia...
****
Minha irmã diz que eu desaprendi a ficar de férias. Ela está certíssima. Essa falta do que fazer, essa falta de objetividade me deixa com os nervos a flor da pele. Tenho a impressão que não faço nada o dia inteiro, e essa é uma sensação muito, muito estranha. Eu que sempre disse que um dia com 24 horas era muito curto para fazer tudo o que eu deveria fazer, tenho achado 24 horas tempo demais. E hoje é dia 3 de janeiro, ainda tenho quase 2 meses de férias.
****
Hahaha... neste momento toca Identificação do Autoramas... coincidência, heim?
****
Ainda tento digerir os últimos fatos. Não sou do tipo que guarda rancor por muito tempo, mas desta vez está demorando um pouco a passar. Toda vez que me lembro daquela noite fatídica me sobe uma raiva gigantesca, uma vontade de gritar, um ódio capaz de assustar todos aqueles acostumados com minha calma e paciência. Mas a palavra é essa: ódio, raiva... nada menos que isso.
Se alguém souber a solução para isso, por favor me dia...
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Minha irmã diz que eu desaprendi a ficar de férias. Ela está certíssima. Essa falta do que fazer, essa falta de objetividade me deixa com os nervos a flor da pele. Tenho a impressão que não faço nada o dia inteiro, e essa é uma sensação muito, muito estranha. Eu que sempre disse que um dia com 24 horas era muito curto para fazer tudo o que eu deveria fazer, tenho achado 24 horas tempo demais. E hoje é dia 3 de janeiro, ainda tenho quase 2 meses de férias.
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Hahaha... neste momento toca Identificação do Autoramas... coincidência, heim?
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Um drink no inferno
Depois de horas pensando sobre o tipo de roupa adequada para a ocasião, decidi usar aquele meu vestido novo, caro e inegavelmente belo. Não me interessava o que os outros estariam vestindo, eu precisava me sentir linda... e sim, eu estava linda.
Pronta para a festa. Enquanto espero, tento afastar qualquer expectativa ruim ou lembrança desastrosa daquele lugar. Bem ou mal, é noite de comemoração e não deve ser estragada por "pré-conceito" de nenhuma espécie.
Ao chegar, procuro manter o bom humor, o sorriso no rosto, a conversa agradável e a espontaneidade no olhar. Meu deus, que esforço! Enquanto danço, tento não me prender às coisas que vejo e que detesto. Eu detesto aquele lugar, o tipo de gente que circula ali, o preço que paguei para entrar, a cerveja de má qualidade, os empurrões do excesso de gente, as músicas (sempre as mesmas) que aos poucos vão impregnando meus ouvidos.
Nessa situação só há uma coisa a fazer: respirar fundo e sorrir. Converso com todos, danço bastante (pois tenho medo de desmontar caso fique parada) e sorrio ainda mais.
Meu namorado está se divertindo muito e ocupado demais para se lembrar que eu estava lá por causa dele. Loiras, "você canta muito bem", morenas, abraços, "era você cantando Elvis no palco?", marcas de batom na bochecha, beijos, elogios, "hey (dirigindo-se a mim) você não pode beijar o cantor", mais marcas de batom, "aquele dia que eu cruzei com você no parque, nossa, parecia que eu tinha visto o Kevin Bacom"...
Bom, minha paciência é bem maior do que a da maioria das mulheres que eu conheço, mas ela também tem limites. Desfaço o sorriso que já estava congelado no meu rosto, não faço mais questão de ser agradável, ao contrário, tenho vontade de gritar o quanto desprezo aquele lugar a a maioria das pessoas que estão ali (alguns poucos se salvam).
Hora do chega. Subitamente lembro que não preciso me sujeitar a isso... nunca mais! Minha cama confortável e quentinha me espera. Fim de uma noite ruim mas, felizmente, breve.
Pronta para a festa. Enquanto espero, tento afastar qualquer expectativa ruim ou lembrança desastrosa daquele lugar. Bem ou mal, é noite de comemoração e não deve ser estragada por "pré-conceito" de nenhuma espécie.
Ao chegar, procuro manter o bom humor, o sorriso no rosto, a conversa agradável e a espontaneidade no olhar. Meu deus, que esforço! Enquanto danço, tento não me prender às coisas que vejo e que detesto. Eu detesto aquele lugar, o tipo de gente que circula ali, o preço que paguei para entrar, a cerveja de má qualidade, os empurrões do excesso de gente, as músicas (sempre as mesmas) que aos poucos vão impregnando meus ouvidos.
Nessa situação só há uma coisa a fazer: respirar fundo e sorrir. Converso com todos, danço bastante (pois tenho medo de desmontar caso fique parada) e sorrio ainda mais.
Meu namorado está se divertindo muito e ocupado demais para se lembrar que eu estava lá por causa dele. Loiras, "você canta muito bem", morenas, abraços, "era você cantando Elvis no palco?", marcas de batom na bochecha, beijos, elogios, "hey (dirigindo-se a mim) você não pode beijar o cantor", mais marcas de batom, "aquele dia que eu cruzei com você no parque, nossa, parecia que eu tinha visto o Kevin Bacom"...
Bom, minha paciência é bem maior do que a da maioria das mulheres que eu conheço, mas ela também tem limites. Desfaço o sorriso que já estava congelado no meu rosto, não faço mais questão de ser agradável, ao contrário, tenho vontade de gritar o quanto desprezo aquele lugar a a maioria das pessoas que estão ali (alguns poucos se salvam).
Hora do chega. Subitamente lembro que não preciso me sujeitar a isso... nunca mais! Minha cama confortável e quentinha me espera. Fim de uma noite ruim mas, felizmente, breve.
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