No início do semestre li um livro cujo título era "Um livro por dia". Devo admitir que comprei o livro e me interessei por causa do título. A idéia de vivenciar a experiência de ler um livro por dia me encantou. Expectativas à parte, o livro é bem interessante, conta a história de um cara que morou 6 meses na livraria Shakespeare and Company em Paris, mas que (ao menos me parece) não leu um livro por dia!
Ontem passei por uma experiência que posso chamar de "Quatro filmes por dia". Parece que estou levando a sério a idéia de fazer de minhas férias um momento de muitos, muitos filmes. Assisti aos filmes quase na seqüência e o prazer envolvido nessa atividade foi tamanho que em breve devo repeti-la.
O primeiro filme foi "Quando Nietzsche Chorou". Sim, existe um filme sobre esse livro e é uma bela porcaria. As interpretações de Lou Salomé, de Anna O. e de Freud são risíveis, já o Breuer e o próprio Nietzsche estão legais... mas o filme é ruim, acredite. Tudo no filme parece coisa de principiante, do figurino às interpretações. O que salva é o roteiro, que é bom pela própria natureza do filme. Resumindo: não assista!
Depois dessa experiência quase traumática, resolvi salvar minha sessão cinema e assistir "A Ponte". Trata-se de um documentário sobre os suicídios na Golden Gate Bridge. É bem interessante. Eles filmaram a ponte a partir de diversos pontos durante um ano inteiro... consequentemente, eles filmaram o suicídio de diversas pessoas. Então eles conversam com familiares, com amigos, com pessoas que passavam na hora, com um sujeito que sobreviveu à queda (um dos moleques mais fudidos na vida que eu já vi... e o cara ainda sobreviveu!). Não é filme pra qualquer um, mas eu confesso que adorei. Meu lado depressivo (minha maior parte, aliás) adora esse tipo de filme. Mostra que sempre tem alguém mais fudido que você.
Dei um tempo depois do filme, fui comer e resolver pendências afetivas... Em seguida, revi "Encontros e Desencontros"... que lindo! Havia muito tempo que eu tinha assistido ao filme, mais especificamente no lancamento no cinema em 2004. Bill Morray está impagável e sua relação com a Scarlett Johansson é cheia de ternura e cumplicidade. Ao que parece, eles conseguem compreender o vazio da vida um do outro, que ecoa na agitação e nos excessos de Tókio. Vale a pena rever.
Para fechar a noite (ou melhor, a madrugada) nada melhor que um filme leve. A escolha por "Across the Universe" foi acertada. Acho que um dos únicos musicais que eu realmente gostei. Excelentes atores em interpretações perfeitas das músicas dos Beatles. Confesso que perdi os últimos 10 minutos do filme por causa do meu elevado teor etílico. Alta madrugada, quadro filmes, muito vinho... resultado: cochilei no sofá. Como esse é um filme que eu assiti há pouco tempo e ontem foi uma reprise, minha sonolência está devidamente perdoada... :)
Um comentário:
Oi, Silvia! Anotei todas as sugestões dos filmes. Confesso que tenho ido à locadora e ficado totalmente sem direção na hora de escolher os filmes. Demoro vários minutos pra escolher e no final, quase sempre fico decepcionada.
Vou procurar esses filmes da próxima vez!
Beijos
Marcela
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