Depois de quase um um mês sem escrever, há tanta coisa a ser dita, tanta coisa apertando o peito, tanta fantasia passando pela cabeça, tanta música tocando o coração...
Nesse exato momento Cartola canta uma celebração à vida, à felicidade e às coisas simples. Cada verso toda fundo, o pezinho vai marcando discretamente o ritmo e um sorriso de canto de boca se desenha... "alvorada lá no morro, que beleza! ninguém chora, não há tristeza, ninguém sente dissabor... o sol colorindo, é tão lindo! é tão lindoooooo..."
Ao mesmo tempo, uma britadeira na construção próxima à minha casa faz questão de mostrar ao mundo sua existência. Ela grita, quase berra. Cada pancada faz o chão tremer e as janelas vibrarem. Isso! Grite, berre! Mostre pra todo mundo que a vida real é assim, que a vida real não tem tempo para canções tentimentalóides.
E Cartola persiste timidamente tocando meu coração...
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