terça-feira, 31 de outubro de 2006

Top 3

* plágiando idéia da minha irmã, que plageou minha cunhada...


3 coisas que me assustam:
morte, violência e uma vida medíocre.

3 coisas que eu odeio:
ser tratada como idiota, desrespeito e cinismo.

3 pessoas que me fazem rir:
Alexandre, amigos e amigas.

3 coisas que eu amo fazer:
viajar, namorar e tomar café no fim de tarde.

3 coisas que eu não entendo:
informática, motor de carro e por que meu salário atrasa.

3 coisas em cima da minha mesa:
computador, post-it e livros.

3 coisas que eu estou fazendo agora:
esperando o almoço, falando ao telefone e postando.

3 coisas que eu quero fazer antes de morrer:
viver em outro país, viajar muito e me tornar uma pessoa menos cética.

3 coisas que eu sei fazer:
dar aulas, sambar e aproveitar os pequenos prazeres da vida.

3 maneiras de descrever a minha personalidade:
ansiosa, verdadeira e confiável.

3 coisas que eu não consigo fazer:
aprender francês, aprender inglês e ser mais prática.

3 bandas/cantores que eu recomendo:
Barfly, Magic Numbers e Seu Jorge.

3 bandas/cantores que eu NÃO recomendo:
todos os cantores sertanejos, todos os grupos de pagode e o Latino.

3 filmes que eu recomendo:
Pulp Fiction, Dogville e o Hotel Huanda.

3 coisas que eu digo frequentemente: "especificamente", "hum hum" e "vamos lá, coragem!"

3 das minhas comidas preferidas:
pizza, café com pão de queijo e churrasco.

3 coisas que eu bebo regularmente:
cerveja, coca-cola e vinho.

3 programas de tv que eu assistia quando era pequena: xou da xuxa, sessão desenho e os trapalhões.

3 coisas que eu gostaria de aprender:
falar francês e inglês, trabalhar com mais praticidade e ganhar dinheiro.

3 coisas que eu pretendo fazer nesse mês: corrigir todas as provas atrasadas dos meus alunos, juntar dinheiro, reorganizar meus planos pro futuro.

3 músicas agora:
Uptown girl - Billy Joel, Forever lost - Magic Numbers, São Gonça - Farofa carioca.

3 palavras agora: saudade, inquietação, preguiça!

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Braços, pernas e travesseiros

E dormiremos com braços e pernas
entrelaçados como tentáculos,
enredados em estranhas combinações,
coordenadas por regras específicas,
previamente ensaiadas para:
apoiar a cabeça no mesmo travesseiro,
compartilhando sonhos e reminiscências noturnas
(um invadindo as lembranças alheias,
reescrevendo o passado que não viveu),
ou deitar a bochecha contra o tronco do outro,
ou mudar a posição dos corpos no meio da noite:
quando eu estiver com a mão dormente,
e sentir necessidade de virar para o outro lado,
um movimento sutil descolando o meu braço da sua nuca
irá disparar uma série de passos complexos
e nós, em poucos segundos,
voltaremos a nos abraçar,
agora em posição oposta:
o seu braço sobre o seu peito ,
a sua perna abaixo da minha perna,
meu joelho apoiado na sua coxa,
as mãos dadas em encaixes geométricos,
seu nariz tocando um ponto específico da minha nuca,
soprando um ar de segredos na minha pele,
sibilando uma música diferente a cada noite...

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Socorro!!!

Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir

Socorro, alguma alma mesmo que penada
Me entregue suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada

Socorro, alguém me dê um coração
Que este já não bate nem apanha
Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Com tanto sentimento deve ter algum que sirva

Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento,
acostamento,
encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada...

By: Arnaldo Antunes

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Goiânia 73 anos, mais do mesmo

Hoje, aniversário de Goiânia, sinto-me como um ET vivendo neste lugar. Não me encaixo, não faço parte deste contexto. Acho que vim de outro planeja e por algum desvio de rota fui jogada neste lugar... esta é a única explicação para minha completa sensação de estranheza. Onde está a "metrópole que cresce em ritmo acelerado, cheia de pessoas acolhedoras e também as mais belas do Brasil (heim?), repleta de oportunidades, com praças e avenidas amplas e alegres, e com opções de cultura, diversão e lazer para todos os gostos"? Onde está a "cidade maravilhosa que exporta (é claro!!!) riquezas e talentos para o mundo todo, que é referência em progresso e crescimento, a melhor do país em qualidade de vida"? Será que este lugar é assim tão maravilhoso e apenas eu não consiga enxergar?
Não acredito que Goiânia seja o pior lugar do mundo para se viver. Em hipótese alguma. Ao contrário, esta é uma cidade maravilhosa para qualquer pessoa que tenha como ambição de vida apenas ter um emprego, uma casa, família e uma vida estável e comum. Este é meu grande problema: eu não quero essa vida. Eu quero mais que isso... e não será em Goiânia que vou encontrar. Parabéns Goiânia, por ser apenas mais uma cidade do interior de um país da américa latina, e por não ambicionar ser mais do que isso!

domingo, 22 de outubro de 2006

Marx: mais atual que nunca...

Eu estava diante de um sapo, na verdade, um sapão gordo, grizalho, de bigode caído por cima da boca, cabelos desgrenhados e gotas de suor que escorriam insistentemente sobre a testa. Suas vestimentas não poderiam ser mais apropriadas para seu perfil: uma camisa amarela muuuuito amassada e com colarinho encardido, combinando com uma calça preta bastante descorada. Inegavelmente era uma figura desprevível e horripilante. Antes que me considerem preconceituosa, afirmo que sou sim preconceituosa, principalmente com esse tipo de homem prepotente e vulgar.
Enquanto ele se esparramava naquela cadeira que mal o cabia, eu me portava séria, calada e de pé em sua frente, aguardando-o terminar uma ligação telefônica. Terminado aquele telefonema, a verdadeira tortura começou: manter-me calma, integra, sob controle. Cada palavra que eu disse foi cuidadosamente calculada, medida e submetida ao mais rigoroso juiz: eu mesma. Sem dúvida alguma portei-me bem, digna de respeito. Não lhe xinguei, não gritei aos quatro cantos o quanto ele era injunsto e prepotende, não chorei diante de seu sorriso cínico e suas insinuações humilhantes. Não lhe enfiei a mão na cara, nem saí batendo a porta (isso era o mínimo que ele merecia). Não... apenas conservei o que resta de minha dignidade lhe proferindo um ríspido "boa tarde pro senhor", saindo rapidamente da sala antes que alguma lágrima caísse dos meus olhos, ou que alguém percebesse o tremor de minhas mãos.
Hoje rendo-me a Marx, este, mais atual do que nunca. O poder corrompe, e o proletariado, submetido aos mandos e desmandos da burguesia, despersonifica-se e torna-se coisa. O trabalhador não mais se reconhece no fruto de seu trabalho. O trabalhador sequer se reconhece como pertencente àquele contexto, é apenas objeto, uma peça da engrenagem e que, portanto, pode ser facilmente substituída... bastando, para isso, que não esteja funcionando bem.

sábado, 21 de outubro de 2006

O que me move...

Descobri que sou movida por planos, projetos para o futuro. Nunca me contentei com uma vida cotidiana e banal, mesmo que ela fosse bastante prazerosa. O cotidiano me entedia profundamente, e minha válvula de escape são os planos e projetos futuros. Um bom emprego, bons amigos, um namorado delicioso, finais de semana em barzinhos, cinema no domingo, café no fim de tarde... tudo isso é muito bom... mas eu sempre quero mais. Pra mim, nada disso faz sentido se não tenho em mente um desejo profundo e direcione minha vida pra isso. Estou sempre em busca de algo a mais. E sempre foi assim: com minhas viagens, minha vida profissional, meu mestrado... essas coisas todas que eu fiz um dia foram projetos que orientaram cada minuto do meu dia.
Hoje vivo um momento diferente. Acho que posso chamar de um momento de crise (aqui usado como no sentido original Krisis). Neste exato momento, meus planos de futuro falharam e meu maior projeto para o próximo ano desabou. Tudo errado, falha completa... não apenas minha, mas meu ceticismo não me autoriza pensar em sorte ou acaso. Hoje não há planos ou projetos que me movam... hoje vivo apenas a vida cotidiana. Não sei até quando suportaria ficar assim... mas sei que projetos de vida não são construídos da noite para o dia.