terça-feira, 21 de julho de 2009

Lei Seca

Acabou a conversa, é hora de me mudar. Ontem o proprietário da quitinete onde eu moro me avisou que a vendeu e que eu tenho 2 meses para me mudar. Ótimo. Uma excelente notícia para o começo da semana. Tudo conforme o planejado, desejado e esperado. Não que eu não goste de minha quiti, não é nada disso. Eu simplesmente adoro esse lugar. Cada micro cantinho do meu cubículo, doce cubículo, tem a minha cara. Tudo foi decorado com muito carinho... A grande questão que me faz querer me mudar daqui é a maldita Lei Seca. Eu odeio a Lei Seca!!! Mais do que isso, eu gostaria de saber quem foi que inventou essa maldição e jogar uma bomba na casa dele... ódio mortal.
Infelizmente, com ou sem bomba, a Lei Seca vai continuar existindo e eu percebi que terei que me enquadrar. Não dá mais para tentar fugir das blitz. Aqui em Brasília (cidade modelo na implantação da maldita lei) há uma blitz a cada canto. Já aconteceu o absurdo de eu passar por 3 blitz em uma única noite. Ninguém merece isso. E o pior: eles não facilitam mesmo. Se você foi parado, bebeu uns golinhos e cai em uma blitz da Lei Seca: dançou. Sem contar que a minha aventura de final de noite pelas ruas do Sudoeste com minha colega inepiana foi traumatizante o suficiente para eu estremecer só em ver um cone de sinalização da polícia. Aliás, foi uma aventura incrível que será motivo de risada dos amigos por muito tempo... tudo por causa da Lei Seca.
A propósito, é por causa dela que eu quero me mudar. Cansei de viver tão longe dos bares e ter que pegar táxis caríssimos para atravessar a cidade toda vez que eu quiser curtir a noite em um lugar agradável. Eu sei que a primeira vista pode parecer uma motivação fútil para eu querer mudar de casa... mas não é!!! Depois de alguns meses passando sufoco com blitz ou bebendo água a noite toda para dirigir tranquilamente, ou ainda pagando caríssimo para ser transportada para casa com segurança, a mudança parece ser a opção mais coerente. Vou me mudar para perto dos locais onde eu gosto de freqüentar, onde eu possa tomar minha cervejinha tranqüilamente e pagar menos de 10 reais para o táxi me levar pra casa. Aliás, o que eu quero mesmo é morar bem pertinho de algum bar descolado onde eu possa ter o sossego de caminhar poucos metros quando quiser voltar ao meu descanso.
Enfim, temos que admitir: a Lei Seca tem mudado radicalmente a vida de algumas pessoas... inclusive o endereço.

sábado, 18 de julho de 2009

Conselho

Eis o conselho de uma mulher de 30 no auge da sabedoria:
- Jamais leia postagens antigas (de anos anteriores) de seu blog depois de tomar muitas taças de vinho em uma noite solitária... Jamais! Depois não digam que a tia não avisou...

Sandra de Sá

Era uma vez uma senhora negra, ligeiramente gorda, com roupas coloridas e cabelos exuberantes que no final dos anos 80 cantava uma música que era mais ou menos assim...

Eu não tô aqui pra sofrer
Vou sentir saudades pra quê
Quero ser feliz
Bye Bye tristeza, não precisa voltar...

Sem dúvida era uma boa canção! :)

Aprendizado

Depois de algumas taças de vinho em um sábado a noite solitário, pude pensar com relativa clareza nos aprendizados que as desilusões amorosas trazem pra vida. Assim, vejo-me na obrigação de fazer uma referência formal a estes homens que me tornaram uma mulher melhor.
Agradeço imensamente a minha primeira grande desilusão... não pelas lágrimas que derramei, mas por ter aprendido, DEFINITIVAMENTE a me respeitar, a não passar por cima de meus sentimentos, a assumir o que sinto, a não deixar me rebaixar, a nunca deixar que me coloquem para baixo. Se aquele cretino (adoro usar esse termo!!! Cretino!) merece algum agradecimento, eis aqui: obrigada por ter sido quem você foi e por ter me mostrado que a pessoa que mais tem valor na vida sou eu mesma. Obrigada por ter sido um filho da P!!!!!!!!
O segundo agradecimento vai para a minha segunda grande desilusão amorosa... devo deixar claro que não há ordem de importância, apenas uma ordem cronológioca nos fatos. Eis aqui meu agradecimento: muitíssimo obrigada por me torna uma pessoa mais realista, por me fazer esquecer definitivamente qualquer ilusão romântica e por me provar que aquele amor verdadeiro com o qual eu tanto sonhava só existe nas novelas da Janete Clair. Não passa de literatura de terceira categoria.
Algumas taças de vinho na noite de sábado me fazem mais realista e capaz de um novo aprendizado a cada gole...