terça-feira, 10 de junho de 2008

Ode ao amor romântico

Sou uma romântica, uma romântica incorrigível. Daquelas que adoram quando o homem abre a porta do carro, puxa a cadeira para você sentar e sussura ao ouvido o quanto você está linda essa noite (mesmo estando com aquela calça jeans de sempre). Sou daquelas que se derretem por uma flor, uma caixa de bombons ou um cd com gravações de músicas dos anos 60. Jantar a luz de velas e uma garrafa de um bom vinho fazem com que meu coração sinta uma ternura quase indescritível. Pronto, sou assim. Gosto dessas coisas e ponto... mais do que isso, não tenho a menor vergonha de dizer que gosto sim de ser paparicada e de demonstrações de amor em público. Que se dane o discurso pseudo-intelectualóide-feminista dizendo que romantismo é coisa do passado. Foda-se, eu gosto. E, ao contrário do que as feministas possam pensar, gostar disso não me faz submissa nem inferior a ninguém.
Acho que atualmente estou vivendo uma intensificação de meu lado romântico e talvez isso ajude a explicar por que gostei tanto do filme Sex and the city. Quase todas as críticas que li na internet, na Folha, e em jornais falavam que o quarteto não é mais o mesmo. Que as questões estão profundas demais, que eslas estão se levando a sério demais e até mesmo que o filme é comum. Ok. Críticas lidas (não muito atentamente, confesso) fui assistir ao filme. Pra começar tenho que admitir que sou fã do quarteto e que já deu muitas risadas dos diálogos de Carrie e suas amigas... mas acho que compreendi um pouco o ponto de vista dos críticos.
Quem assiste ao filme pensando naquelas situações inusitadas, nas aventuras sexuais e nos sucessivos rolos vividos pelas personagens vai se decepcionar profundamente. As personagens amadureceram, elas não têm mais 30 anos, elas já chegaram aos 40 (inclusive, Samantha comemora seus 50 anos no filme). Assim, os conflitos são outros, os diálogos mudam um pouco e as personagens tem amores... sim, elas amam e admitem isso. Carrie ama Mr Big e este também a ama. Como personagens, elas continuam espirituosas, engraçadas, lindas e frequentando as melhores lojas e noites de NY... mas os dramas vividos por elas mudam muito (até Samantha muda, pois seu drama está entre o prazer do sexo variado e sempre inventivo, e a relação estável com seu companheiro).
Considerações a parte, adorei o filme, também gostei do novo momento das personagens e não acho nada de errado no fato de a série estar um pouco mais romântica... afinal, eu gosto disso! Por falar em romantismo e em filme, acabo de encontrar na net a cena mais linda do filme Once. Aquela em que os dois cantam a primeira música juntos, na loja de instrumentos, ela ao piano e ele ao violão. Pra quem não assistiu, trata-se de um filme com qualidade musical inquestionável, jovens atores talentosos e cheios de carisma, falando de sentimentos profundos e de amor (e sem a necessidade de nenhuma cena de beijo ou algo nesse sentido). Imperdível...


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