terça-feira, 26 de agosto de 2008

Atualizações

Faz algum tempo que não escrevo aqui, parece-me que há pouca coisa interessante o suficiente para receber notas e palavras que lhe espressem. Hoje está sendo um dia bem típico, quase igual a ontem: fui trabalhar (algo que não é de todo ruim, apesar de minha vocação natural para ser madame), estudei para o concurso, falei com o namorado, aprendi a usar um novo programa de computador que lê textos escritos (adoro descobrir esse tipo de maravilha tecnológica), escutei música, liguei para algumas amigas, baixei filmes e músicas... enfim, um dia normal.
Dias normais como esse sempre me fazem lembrar de uma frase que li no livro "Por que psicanálise?" da Elisabeth Roudinesco, que dizia:
- Às vezes a calmaria é mais difícil que a travessia das tempestades.
Devo ter lido essa frase há pelo menos uns 7 anos e nunca me esqueci. É uma daquelas frases que marcou minha vida e minha forma de entender meu funcionamento psíquico. Eu sou assim mesmo. O interessante é que isso se expressa em coisas simples, até mesmo na atualização de meu blog. Quando as coisas estão tranquilas, "tudo na mais perfeita ordem, tudo na mais santa paz" como dizia o poeta, é quando as coisas menos encontram expressão... falta-me palavras para expressar o natural, no cotidiano, o normal.
É gritantemente mais fácil cair no meu discurso dramático diante de alguma frustração ou gritar de euforia quando as coisas estão fantásticas... mas falar do normal... blagh! Isso é mesmo um saco!
Resultado: não falemos, então... quando a anormalidade chegar, eu penso em dizê-la.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A fedelha

Socorro!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O que fazer quando você sente uma inveja danada de uma fedelha de vinte e poucos anos? Meu Deus, é uma sensação horrível. É um desejo gigantesco de ter feito o que ela fez, de ter vivido o que ela viveu. Uma sensação de vazio, de perda de tempo. Como se as minhas conquistas não fossem tão importantes... resumindo, é inveja mesmo.
Ok, ok, eu sei que minha vida é um barato, que as coisas estão super bem encaminhadas, que tudo tem dado certo. Eu não posso reclamar de jeito nenhum. Está tudo bem, minha vida é ótima e quem me conhece sabe o quanto eu a aproveito ao máximo...
Mas então como se explica esse sentimento de vazio, de não ter feito certas coisas, de não ter vivido aquela aventura que a fedelha viveu? Por que isso ocupa um espaço tão grande neste momento?
Como já dizia minha mãe: o gramado do vizinho é sempre mais verde... no meu caso, o gramado da fedelha é verde, cheio de florzinhas brancas e borboletas amarelas passeando sobre elas.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Dona Sebastiana

Do alto de sua sabedoria e também de sua simplicidade, Dona Sebastiana ensinava:
- Primeiro você tem que lavar o arroz bem lavado, colocar um pouco de óleo na panela e fritar o arroz. Quando estiver bem fritinho, você coloca água quente e afoga o arroz...

E da ingenuidade de meus 10 anos eu pensava enquanto observada atentamente: "Como minha avó é má. Além de fritar o arroz ela ainda afoga ele... coitado"

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Pitty Winehouse???

Maravilhosa!!! Essa é a definição da noite do último sábado, quando fui pela primeira vez ao Porão do Rock, em Brasília. O show do Autoramas foi, como sempre, muito divertido. Dancei da primeira à ultima música. O mesmo aconteceu com o Mundo Livre SA... divertidíssimo. Em seguida veio o show da Pitty (acho que é assim que esse nome sem noção é escrito!) que, devo confessar, foi surpreendente. E fechando a noite, Muse! Quase me emociono ao lembrar daquela multidão cantando a maioria das músicas, a superprodução em termos de qualidade técnica e de efeitos especiais. Um show de "gente grande"... UAU! Delícias de um sábado à noite!
Comentários e o balanço oficial do festival podem ser encontrados facilmente na mídia roqueira e na net... mas algo que possivelmente não será comentado é a impressão que tive ao assistir ao show da Pitty (aliás, que nomezinho infeliz!).
Sempre tive uma posição muito crítica em relação a essa cantora. Esse nome desde sempre me pareceu adolescente demais, as letras de suas músicas idem. Quem não se lembra do refrão: "quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedraaaaa aaaaa, quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedraaaaa aaaaa". Socorro!!! Tudo isso sempre contou muito contra ela. Então, como era de se esperar, no momento do show da Pitty (argh!) me posicionei em um canto da platéia, pronta para falar mal da moçoila que iria cantar. De início, me surpreendi com a quantidade de fãs da cantora. O espaço em frente ao palco lotou de uma forma que não tinha acontecido nos outros shows (antes do Muse, é claro!). Visto isso me entra uma mulher, e não uma fedelha, vestida com um visual totalmente diferente do visu adolescente rebelde que eu esperava... Sua vestimenta me surpreende e, em seguida, ela começa a cantar uma música muito boa (infelizmente o alto teor alcoolico não me permite lembrar qual era) com uma voz potente e firme. Durante alguns segundos comentava entre os amigos: ela me lembra alguém, ela está parecendo alguém, o que está acontecendo... até que alguém grita: ela está parecendo a Amy Winehouse! Bingo! Isso mesmo: roupinhas, postura, gestos mais femininos e beeeeemmmm menos adolescente rebelde.
Devo dizer que o saldo do show dela foi positivo. Tirando algumas músicas horrorosas que ainda fazem parte da carreira musical da moça, ela está sabendo se desvencilhar um pouco da imagem adolescente. Fez vários covers e versões surpreendentes (incluindo uma música do Chico Buarque em versão hard rock), e o repertório foi quase totalmente bom. Acho que está nascendo uma nova Pitty (?!?!) que, com excessão do nome, é bem melhor que a versão anterior. Uma Amy Winehouse tupiniquim... cada país tem a Amy que merece!
















Qualquer semelhança não é mera coincidência...