terça-feira, 22 de novembro de 2011

Calada maneira

Minha alma grita, cada centímetro do meu corpo fala e eu me calo.
Cada vez que respiro sou tomada pelos mais complexos pensamentos: Como ela está se sentindo? Como eslas estão se virando naquela casa? Como guardar as lembranças e respeitar sua dor? Como será o Natal? E no ano novo? Minha vontade é de fugir para longe, sozinha... mas e os que ficam? É justo com os outros? Etc, etc, etc...
Definitivamente não sei o que fazer, não sei como agir. A única coisa que sei é que minha alma grita, todo meu corpo fala e eu me calo.
Calo-me diante de minha impotência, calo-me pois não tenho respostas, calo-me porque o desenrolar das coisas não depende de nada que eu venha fazer, calo-me porque estou completamente perdida. Enfim, calo-me porque não sei fazer diferente disso!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Tempo livre

Acho impressionante as coisas que descobrimos apenas quando temos tempo de sair da rotina e parar com toda a correria que faz parte do dia a dia. Somente quando temos tempo de sobra é que descobricos, por exemplo, que não temos a menor idéia sobre o que fazer com o tempo livre. Acho lindo quando as pessoas comentam que utilizam o tempo livre para ler livros há muito esperados, aprender coisas novas, exercitar algum tipo de esporte diferente ou dedicar-se à atividades artísticas. Essas pessoas têm um talento especial que eu estou longe de possuir. Não sou hipócrita: adoro tempo livre, amo feriado e venero as férias. Aliás, nesses períodos há tantas coisas legais para se fazer e o tempo passa tão rápido que mal dá para fazer tudo o que quero... A coisa muda de aspecto quando eu já fiz todas as coisas que eu tinha programado, todas as pendências foram resolvidas e tudo vai bem. É estranho ter tempo livre, é estranho ficar à toa. Nessas horas a televisão fica chata, o computador cansa e o tempo não passa... Há uns oito anos atrás li o livro chamado Ócio criativo. Acho está na hora de relê-lo para ver se consigo inspiração para reinventar meu inédito tempo livre.

domingo, 28 de agosto de 2011

Em 2011

Hoje escrevo pela primeira vez no blog este ano. Para mim, 2011 é um ano maldito. Um ano que jamais deveria ter existido. Em 2011 eu assisti meu pai ficar doente de forma inesperada, ir embora da minha vida e deixar minha família em completo desamparo emocional.
Meu pai foi embora para sempre e essa dor vai me acompanhar todos os dias que me restam na vida... Em 2011 descobri que a saudade é a dor que rasga o peito e que nunca passa.