Eu odeio rádio mal sintonizado...
Eu odeio cheiro de pamonha...
Eu odeio pessoas mal educadas ao acordar...
E eu adoro assistir Sex and the City!
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Recordar, repetir e, às vezes, elaborar...
Sempre fiquei intrigada com padrões de comportamentos e de escolhas que fazemos ao longo da vida. São modelos ou formas de atuação que se repetem em diferentes ocasiões, épocas e situações. Algumas vezes esses padrões aparecem como pensamentos persistentes que (apesar de roupagens diferenciadas) são sempre "mais do mesmo".
Durante meus vários anos de análise, somados a outros tantos de estudo da teoria psicanalítica, aprendi que esses padrões fazem parte da dinâmica psíquica de cada um e a sua alteração é extremamente difícil, uma vez que implica em uma mudança profunda na forma de atuar e ser do sujeito.
Não tenho a menor intenção de escrever um compêndio psicanalítico ou ficar repetindo aquilo que qualquer um pode ler no original freudiano. Na verdade esse meu jeito de me expressar é apenas mais um padrão comportamental...
Bastaram poucos minutos pensando nestes padrões e consegui localizar os mais diferentes tipos de repetição nas pessoas próximas a mim. Têm aquelas que repetem pensamentos persecutórios, onde nas diversas ocasiões, seja no trabalho, em casa, entre os amigos, enfim, sempre as pessoas estão articulando algo ruim, malígno, estão fazendo coisas escondidas, estão armando algum tipo de golpe etc. Conheço pessoas que repetem modelos de relacionamento. São aqueles casos famosos em que a garota sempre se relaciona com homens que não prestam. Tem ainda as pessoas que são sempre as vítimas, que o mundo é terrível com elas, o sofrimento delas é sempre maior do que o de qualquer outra pessoa. Além disso, tem o modelo competitivo. Este padrão de comportamento compete com todo mundo, com os colegas de trabalho, com os amigos, com a família e até mesmo com o namorado. É aquele que tem que ser sempre o melhor... Enfim, a lista de padrões comportamentais é infindável. São várias formas e principalmente várias intensidades, indo do mais discreto e quase imperceptível até o nível patológico.
O fato é: eu, como todos os outros mortais, estou sempre a repetir um padrão. E o interessante é que, justamente por ser algo recorrente, eu praticamente não percebia esse modelo. Parecia simplesmente o meu jeito de ser.
Agora tudo está claro e está na hora de sair da repetição, passar para a elaboração. Está na hora de dar um salto qualitativo que transforme aquilo que se mostra... realmente não sei se isso algum dia efetivamente acontecerá, mas posso afirmar que nunca estive tão perto.
Durante meus vários anos de análise, somados a outros tantos de estudo da teoria psicanalítica, aprendi que esses padrões fazem parte da dinâmica psíquica de cada um e a sua alteração é extremamente difícil, uma vez que implica em uma mudança profunda na forma de atuar e ser do sujeito.
Não tenho a menor intenção de escrever um compêndio psicanalítico ou ficar repetindo aquilo que qualquer um pode ler no original freudiano. Na verdade esse meu jeito de me expressar é apenas mais um padrão comportamental...
Bastaram poucos minutos pensando nestes padrões e consegui localizar os mais diferentes tipos de repetição nas pessoas próximas a mim. Têm aquelas que repetem pensamentos persecutórios, onde nas diversas ocasiões, seja no trabalho, em casa, entre os amigos, enfim, sempre as pessoas estão articulando algo ruim, malígno, estão fazendo coisas escondidas, estão armando algum tipo de golpe etc. Conheço pessoas que repetem modelos de relacionamento. São aqueles casos famosos em que a garota sempre se relaciona com homens que não prestam. Tem ainda as pessoas que são sempre as vítimas, que o mundo é terrível com elas, o sofrimento delas é sempre maior do que o de qualquer outra pessoa. Além disso, tem o modelo competitivo. Este padrão de comportamento compete com todo mundo, com os colegas de trabalho, com os amigos, com a família e até mesmo com o namorado. É aquele que tem que ser sempre o melhor... Enfim, a lista de padrões comportamentais é infindável. São várias formas e principalmente várias intensidades, indo do mais discreto e quase imperceptível até o nível patológico.
O fato é: eu, como todos os outros mortais, estou sempre a repetir um padrão. E o interessante é que, justamente por ser algo recorrente, eu praticamente não percebia esse modelo. Parecia simplesmente o meu jeito de ser.
Agora tudo está claro e está na hora de sair da repetição, passar para a elaboração. Está na hora de dar um salto qualitativo que transforme aquilo que se mostra... realmente não sei se isso algum dia efetivamente acontecerá, mas posso afirmar que nunca estive tão perto.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
3 coisas que eu odeio e 1 que eu adoro
Eu odeio discutir a relação...
Eu odeio meu cabelo em tempo chuvoso...
Eu odeio computador lento...
E eu adoro comprar sapatos!
Eu odeio meu cabelo em tempo chuvoso...
Eu odeio computador lento...
E eu adoro comprar sapatos!
(Inspirado em Angeli e Chiclete com Banana)
Auto-avaliação e férias
O período de férias é o mais desejado durante o ritmo estressante da correria anual. Mas essa chegada tão esperada acaba trazendo outros elementos até então pouco prováveis na rotina diária. Em minha absoluta falta do que fazer, aproveitei para avaliar vários aspectos da minha vida, principalmente aqueles que considero "esquecidos" em função de atividades profissionais. Como diria o meu Mestre dos Magos "é um caso simples de economia libidinal". Fato facilmente comprovado no texto Inibições, Sintomas e Ansiedade do volume XX das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud.
Teoria psicanalítica à parte, eis minha auto-avaliação de início de férias sobre os seguintes aspectos:
- Saúde
Não estou doente, mas não me orgulho de meu sedentarismo e meu horror a dietas e rotinas "naturebas". Providência número 1 das férias: não deixar que guloseimas se tornem válvulas de escape para minha ansiedade. Providência 2: não engordar (como faço em quase todas as férias). Por fim, afinal eu estou de férias, providência número 3: lembrar sempre que uma caminhada no fim de tarde não faz mal pra ninguém.
- Finanças
A vida financeira de professor substituto de universidade pública é um desastra. Pior ainda se ele está de férias e tem tempo de sobra pra passar em frente a vitrines cheias de sapatos e bolsas maravilhosas, vestidos lindos e exclusivos, livros ilustrados sobre cinema e música... socorro!!! Providência número 1 das férias: lembrar que, apesar de ter um excelente limite no cartão de crédito, sua renda mensal não é suficiente pra cobri-lo. Providência número 2: lembrar que, quando compramos no cartão de crédito, a conta vai chegar no final do mês. Providência 3: lembrar que usar cheque pré-datado e cartão de crédito parcelado também é gastar dinheiro.
- Amor
A melhor parte do dia, ai, ai. Auto-avaliação extremamente generosa com esse aspecto da minha vida. Sugestão única de férias: amar mais e mais.
- Amizades
Amigos são pequenos anjos que colocam um pouco mais de cor em nosso dia a dia. Amigos devem ser cultivados cotidianamente. Sinto-me em falta com várias pessoas queridas que tenho tido pouco contato. Pessoas que amo, e que talvez não saibam o quanto são importantes para mim. Providência número 1: sempre mostrar o quanto cada amigo é especial. Providência número 2: aproveitar ao máximo cada encontro, com leveza e alegria. Só isso.
- Beleza
Posso dizer sem falsa modéstia que estou em minha melhor forma. A maturidade me fez aprender a valorizar o que tenho de belo. Ainda sou um pouco indisciplinada e despojada demais(creio que meu passado hippie deixou uma forte marca). Ainda tenho preguiça de salto alto e adoro roupas largas e cabelos soltos. A mudança tem sido lenta, mas contínua. Providência número 1: ser fiel aos cremes anti-idade, em breve eles farão grande diferença em minha vida. Providência número 2: usar filtro solar, sempre! Providência número 3: parar de achar que a dupla jeans + camiseta é suficiente. Está na hora de abrir caminho para decotes, saias e saltos...
- Profissional
Essa parte merece uma avaliação um pouco mais cuidadosa e que, neste momento, será impossível... afinal, estou de férias!
Teoria psicanalítica à parte, eis minha auto-avaliação de início de férias sobre os seguintes aspectos:
- Saúde
Não estou doente, mas não me orgulho de meu sedentarismo e meu horror a dietas e rotinas "naturebas". Providência número 1 das férias: não deixar que guloseimas se tornem válvulas de escape para minha ansiedade. Providência 2: não engordar (como faço em quase todas as férias). Por fim, afinal eu estou de férias, providência número 3: lembrar sempre que uma caminhada no fim de tarde não faz mal pra ninguém.
- Finanças
A vida financeira de professor substituto de universidade pública é um desastra. Pior ainda se ele está de férias e tem tempo de sobra pra passar em frente a vitrines cheias de sapatos e bolsas maravilhosas, vestidos lindos e exclusivos, livros ilustrados sobre cinema e música... socorro!!! Providência número 1 das férias: lembrar que, apesar de ter um excelente limite no cartão de crédito, sua renda mensal não é suficiente pra cobri-lo. Providência número 2: lembrar que, quando compramos no cartão de crédito, a conta vai chegar no final do mês. Providência 3: lembrar que usar cheque pré-datado e cartão de crédito parcelado também é gastar dinheiro.
- Amor
A melhor parte do dia, ai, ai. Auto-avaliação extremamente generosa com esse aspecto da minha vida. Sugestão única de férias: amar mais e mais.
- Amizades
Amigos são pequenos anjos que colocam um pouco mais de cor em nosso dia a dia. Amigos devem ser cultivados cotidianamente. Sinto-me em falta com várias pessoas queridas que tenho tido pouco contato. Pessoas que amo, e que talvez não saibam o quanto são importantes para mim. Providência número 1: sempre mostrar o quanto cada amigo é especial. Providência número 2: aproveitar ao máximo cada encontro, com leveza e alegria. Só isso.
- Beleza
Posso dizer sem falsa modéstia que estou em minha melhor forma. A maturidade me fez aprender a valorizar o que tenho de belo. Ainda sou um pouco indisciplinada e despojada demais(creio que meu passado hippie deixou uma forte marca). Ainda tenho preguiça de salto alto e adoro roupas largas e cabelos soltos. A mudança tem sido lenta, mas contínua. Providência número 1: ser fiel aos cremes anti-idade, em breve eles farão grande diferença em minha vida. Providência número 2: usar filtro solar, sempre! Providência número 3: parar de achar que a dupla jeans + camiseta é suficiente. Está na hora de abrir caminho para decotes, saias e saltos...
- Profissional
Essa parte merece uma avaliação um pouco mais cuidadosa e que, neste momento, será impossível... afinal, estou de férias!
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Uma dose extra de mau humor
Hoje estou de péssimo humor. Meu estado de espírito combina perfeitamente com o céu cinza lá fora e a temperatura gelada da chuva fina que cai.
Estou no final da manhã e já acho que tive um dia suficientemente ruim... seria ótimo dormir nesse momento e só acordar amanhã, assim ao menos eu teria certeza de que nada mais me irritaria.
Pra começar o dia, quando acordo minha mandíbula dói. Isso é sinal de que passei uma noite inquieta rangendo os dentes. Levanto da cama sonolenta e com vontade de permanecer nela, mas alguns diários de classe me obrigam a levantar rápido e sair nesse frio para entregá-los. Antes de sair verifico meus emails e tenho a certeza de que nada no mundo mudou, não recebi nenhuma notícia maravilhosa que salvaria meu dia. Nada disso. Só meia dúzia de propaganda e outra meia dúzia de piadas sem graça, mescladas a mensagens de feliz natal. Deletei todas antes mesmo de abrir pois tenho receio de quebrar meu computador se nesse momento eu ler alguma mensagem sobre comunhão, perdão, vida, esperança e todas as outras baboseiras do gênero.
Na saída de casa, chuto a porra da porta com uma violência que será lembrada pelo meu dedinho pelas próximas semanas. Por alguns segundos tenho pena de todas as gerações que xinguei e praguejei... só por alguns segundos. Hoje não tenho pena de ninguém, nem de mim mesma.
Quando recupero o fôlego e saio de casa, pego o maior congestionamento que a T-63 presenciou nos últimos tempos. Um congestionamento de tirar do sério até a Madre Teresa. Pra melhorar um pouco mais a situação, um sujeito nervosinho no carro detrás resolve meter a mão na buzina. Como se isso pudesse resolver alguma coisa. Hoje tenho impulsos assassinos e me controlo para não descer do carro e meter-lhe a mão na fuça. Conto até meio milhão, não resolvendo, canto como uma louca para fazer calar meus próprios pensamentos... ou pelo menos para que o tempo passe um pouco mais rápido.
Depois de muito, muito tempo chego à universidade. Resolvo olhar meu rosto no espelho retrovisor antes de descer e neste momento tenho a visão do inferno. Meu estado é deplorável. A umidade fez meus cabelos ficarem com a aparência de quem acabou de fazer uma viagem num carro conversível, o esmalte vermelho das unhas está pela metade, minhas olheiras estão imensas e minha pele está toda descascando por causa dos ácidos anti-envelhecimento. Que horror.
Tento ser otimista, pois neste período do ano quase não há ninguém na universidade, acho que ninguém vai me ver. Chego quase correndo na secretaria e quem está lá é minha chefe, e outras professoras numa conversa animada. Como alguém pode estar animada num dia como esse, a essa hora da manhã??? Entrego rápido o material, com a desculpa de um compromisso urgente e saio da sala odiando o que ainda resta de mim mesma.
Nesse momento tenho a única idéia razoável do dia: volte imediatamente pra casa e não saia da cama. As coisas sempre podem piorar... o dia só está começando.
Estou no final da manhã e já acho que tive um dia suficientemente ruim... seria ótimo dormir nesse momento e só acordar amanhã, assim ao menos eu teria certeza de que nada mais me irritaria.
Pra começar o dia, quando acordo minha mandíbula dói. Isso é sinal de que passei uma noite inquieta rangendo os dentes. Levanto da cama sonolenta e com vontade de permanecer nela, mas alguns diários de classe me obrigam a levantar rápido e sair nesse frio para entregá-los. Antes de sair verifico meus emails e tenho a certeza de que nada no mundo mudou, não recebi nenhuma notícia maravilhosa que salvaria meu dia. Nada disso. Só meia dúzia de propaganda e outra meia dúzia de piadas sem graça, mescladas a mensagens de feliz natal. Deletei todas antes mesmo de abrir pois tenho receio de quebrar meu computador se nesse momento eu ler alguma mensagem sobre comunhão, perdão, vida, esperança e todas as outras baboseiras do gênero.
Na saída de casa, chuto a porra da porta com uma violência que será lembrada pelo meu dedinho pelas próximas semanas. Por alguns segundos tenho pena de todas as gerações que xinguei e praguejei... só por alguns segundos. Hoje não tenho pena de ninguém, nem de mim mesma.
Quando recupero o fôlego e saio de casa, pego o maior congestionamento que a T-63 presenciou nos últimos tempos. Um congestionamento de tirar do sério até a Madre Teresa. Pra melhorar um pouco mais a situação, um sujeito nervosinho no carro detrás resolve meter a mão na buzina. Como se isso pudesse resolver alguma coisa. Hoje tenho impulsos assassinos e me controlo para não descer do carro e meter-lhe a mão na fuça. Conto até meio milhão, não resolvendo, canto como uma louca para fazer calar meus próprios pensamentos... ou pelo menos para que o tempo passe um pouco mais rápido.
Depois de muito, muito tempo chego à universidade. Resolvo olhar meu rosto no espelho retrovisor antes de descer e neste momento tenho a visão do inferno. Meu estado é deplorável. A umidade fez meus cabelos ficarem com a aparência de quem acabou de fazer uma viagem num carro conversível, o esmalte vermelho das unhas está pela metade, minhas olheiras estão imensas e minha pele está toda descascando por causa dos ácidos anti-envelhecimento. Que horror.
Tento ser otimista, pois neste período do ano quase não há ninguém na universidade, acho que ninguém vai me ver. Chego quase correndo na secretaria e quem está lá é minha chefe, e outras professoras numa conversa animada. Como alguém pode estar animada num dia como esse, a essa hora da manhã??? Entrego rápido o material, com a desculpa de um compromisso urgente e saio da sala odiando o que ainda resta de mim mesma.
Nesse momento tenho a única idéia razoável do dia: volte imediatamente pra casa e não saia da cama. As coisas sempre podem piorar... o dia só está começando.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Barbara Abramo e o horóscopo
Totalmente influenciada pela revista Trip (for woman), fui conferir o que há de tão fabuloso no horóscopo de Barbara Abramo na internet... e só tenho uma palavra para definir o que li: Uau!!!
Sempre fui cética (e isso não mudou nas últimas horas, viu?) mas muitos de meus comportamentos a primeira vista desconfirmariam essa auto-definição. Já frequentei a renovação carismática, centro espírita e templo hare krishna; já acreditei em doendes, gnomos, fadas e outros seres místicos; já tirei I ching e tarô; já leram minha mão e já fiz a brincadeira do copo d'água; já li muuuuuito horóscopo na vida e já acendi velas para santos... enfim, posso dizer que sou uma pessoa que já experimentou vários tipos de crenças na vida.
Não acho que essa "busca" seja algo estranho ou anormal, penso que a maioria das pessoas já buscou algo em que acreditar. Essa é uma necessidade humana e legítima. O estranho é: minha crença nunca foi absoluta, muito menos inabalável. Mesmo quando vivenciava (ou melhor, vivencio) alguma dessas práticas, minha crença não consegue durar mais que alguns minutos de questionamentos.
Hoje posso dizer que aprendi aproveitar e me divertir com tudo isso. Dentre outras coisas, de vez em quando leio o horóscopo ou tiro o I Ching, e acho o máximo as previsões que me agradam e abomino com todas as forças aquelas que me contrariam... esse é meu jeito pragmático de acreditar.
Bom, toda essa lengalenga é só pra dizer que a tal da Barbara Abramo é o máximo, a melhor taróloga de todo o universo mundial. Acreditem! E quem estiver duvidando pode conferir no link: http://horoscopo.uol.com.br/mensais/
Sempre fui cética (e isso não mudou nas últimas horas, viu?) mas muitos de meus comportamentos a primeira vista desconfirmariam essa auto-definição. Já frequentei a renovação carismática, centro espírita e templo hare krishna; já acreditei em doendes, gnomos, fadas e outros seres místicos; já tirei I ching e tarô; já leram minha mão e já fiz a brincadeira do copo d'água; já li muuuuuito horóscopo na vida e já acendi velas para santos... enfim, posso dizer que sou uma pessoa que já experimentou vários tipos de crenças na vida.
Não acho que essa "busca" seja algo estranho ou anormal, penso que a maioria das pessoas já buscou algo em que acreditar. Essa é uma necessidade humana e legítima. O estranho é: minha crença nunca foi absoluta, muito menos inabalável. Mesmo quando vivenciava (ou melhor, vivencio) alguma dessas práticas, minha crença não consegue durar mais que alguns minutos de questionamentos.
Hoje posso dizer que aprendi aproveitar e me divertir com tudo isso. Dentre outras coisas, de vez em quando leio o horóscopo ou tiro o I Ching, e acho o máximo as previsões que me agradam e abomino com todas as forças aquelas que me contrariam... esse é meu jeito pragmático de acreditar.
Bom, toda essa lengalenga é só pra dizer que a tal da Barbara Abramo é o máximo, a melhor taróloga de todo o universo mundial. Acreditem! E quem estiver duvidando pode conferir no link: http://horoscopo.uol.com.br/mensais/
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
"Tudo bem"
Hoje durante uma caminhada no fim de tarde, lembrei-me dos projetos que fiz para minha vida e que não consegui concretizar. Lembrei-me do desejo de morar sozinha que nunca foi realizado. Lembrei-me do projeto de fazer mestrado fora de Goiânia, de preferência na UnB, que foi substituído por um projeto mais acessível e palpável dentro das possibilidades da época. Lembrei-me do meu maior desejo: fazer doutorado na França. Este projeto foi o último a cair por terra, minha derrota mais recente e, muito provavelmente, irreversível (já que nosso brilhante presidente Lula resolveu cortar todas as ofertas de bolsas de doutorado pleno no exterior no próximo ano).
Diante desse aperto no peito, dá-lhe mais algumas doses de "tudo bem" em comprimidos...
Diante desse aperto no peito, dá-lhe mais algumas doses de "tudo bem" em comprimidos...
sábado, 8 de dezembro de 2007
A vida como ela é
Às vezes é preciso uma boa dose de frustração pra fazer com que a cabeça volte para a realidade, para a vida como ela é. Doses cavalares de realidade sempre foi o melhor remédio...
Incrível minha capacidade de viajar num mundo de faz de conta, onde tudo dará certo e ficará bem, onde o sucesso é certo e absoluto. Este mundo de possibilidades maravilhosas em encanta. Nele os sentimentos são verdadeiros, as pessoas são boas e o melhor da vida sempre está por vir.
Mas esse mundo de fantasias é perene e instável. Basta algumas palavras, um simples gesto, um olhar blasé e tudo de desfaz. É como um castelo de cartas, fadado sempre a desmoronar.
E eu só tenho uma coisa a dizer quando vejo todo o estrago: Que bom!
Muito obrigada por me fazer ver a vida como ela é. Obrigada pela rasteira quase involuntária. Graças a ela me lembrei o quanto tenho me descuidado, o quanto tenho me deixado de lado. Obrigada por me lembrar que eu sou a pessoa mais importante do mundo, e nada nem ninguém deve vir em primeiro plano. Eu sou mais eu!
Incrível minha capacidade de viajar num mundo de faz de conta, onde tudo dará certo e ficará bem, onde o sucesso é certo e absoluto. Este mundo de possibilidades maravilhosas em encanta. Nele os sentimentos são verdadeiros, as pessoas são boas e o melhor da vida sempre está por vir.
Mas esse mundo de fantasias é perene e instável. Basta algumas palavras, um simples gesto, um olhar blasé e tudo de desfaz. É como um castelo de cartas, fadado sempre a desmoronar.
E eu só tenho uma coisa a dizer quando vejo todo o estrago: Que bom!
Muito obrigada por me fazer ver a vida como ela é. Obrigada pela rasteira quase involuntária. Graças a ela me lembrei o quanto tenho me descuidado, o quanto tenho me deixado de lado. Obrigada por me lembrar que eu sou a pessoa mais importante do mundo, e nada nem ninguém deve vir em primeiro plano. Eu sou mais eu!
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
De volta...
Voltarei a postar neste blog, depois de quase um ano de ausência...
Não que eu tivesse desistido dele, eu simplesmente tinha esquecido que ele existia. Sim, eu esqueço coisas. Eu esqueço momentos da minha vida, pessoas que conheci, situações que vivi. E isso não é efeito de alcool ou qualquer outra droga, isso acontece no meu dia a dia mesmo.
Vou tentar explicar melhor. Se eu esqueço uma pessoa que conheci, eu posso olhar pra ela, falar com ela, e mesmo assim não reconhece-la. Independentemente de eu ter viajado com ela, conversado com ela, e até mesmo ter ficado ou transado com ela. Eu esqueço...
No cotidiano eu esqueço nomes de pessoas, dos meus alunos, de amigos de infância, e às vezes, até de amigos que vejo com relativa frequência. Além disso, eu esqueço a fisionomia. Eu posso olhar para alguém e pensar: eu conheço essa pessoa, eu já conversei com
ela etc., mas eu não tenho a menor idéia de quem se trata.
Eu também esqueço lugares que eu fui (principalmente o nome dos lugares), e fatos vividos nestes lugares. As vezes alguém me diz: você lembra quando fomos naquela pizaria em São Jorge e ficamos presos debaixo de chuva na passagem do ano novo? Nessa hora eu disfarço para não parecer uma louca completa e concordo com a cabeça, esperando ansiosamente mais informações, ou alguma coisa que faça a lembrança surgir...
Bom, foi isso que aconteceu com esse blog. Por algum motivo eu esqueci que ele existia, e acabei descobrindo-o por acaso enquanto navegava na net... Esquecimentos à parte, estou de volta!
Não que eu tivesse desistido dele, eu simplesmente tinha esquecido que ele existia. Sim, eu esqueço coisas. Eu esqueço momentos da minha vida, pessoas que conheci, situações que vivi. E isso não é efeito de alcool ou qualquer outra droga, isso acontece no meu dia a dia mesmo.
Vou tentar explicar melhor. Se eu esqueço uma pessoa que conheci, eu posso olhar pra ela, falar com ela, e mesmo assim não reconhece-la. Independentemente de eu ter viajado com ela, conversado com ela, e até mesmo ter ficado ou transado com ela. Eu esqueço...
No cotidiano eu esqueço nomes de pessoas, dos meus alunos, de amigos de infância, e às vezes, até de amigos que vejo com relativa frequência. Além disso, eu esqueço a fisionomia. Eu posso olhar para alguém e pensar: eu conheço essa pessoa, eu já conversei com
ela etc., mas eu não tenho a menor idéia de quem se trata.
Eu também esqueço lugares que eu fui (principalmente o nome dos lugares), e fatos vividos nestes lugares. As vezes alguém me diz: você lembra quando fomos naquela pizaria em São Jorge e ficamos presos debaixo de chuva na passagem do ano novo? Nessa hora eu disfarço para não parecer uma louca completa e concordo com a cabeça, esperando ansiosamente mais informações, ou alguma coisa que faça a lembrança surgir...
Bom, foi isso que aconteceu com esse blog. Por algum motivo eu esqueci que ele existia, e acabei descobrindo-o por acaso enquanto navegava na net... Esquecimentos à parte, estou de volta!
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