Trazendo para o blog a brincadeirinha interna dos amigos no orkut: eleger os top 10 do cinema em minha opinião. Tarefa bem mais difícil do que parece... Os escolhidos são os marcados entre 36 filmes importantes para mim...
Laranja mecânia*
Dogville*
As invasões bárbaras*
Pulp Fiction*
Cães de aluguel
O iluminado*
A vida dos outros
A vida secreta das palavras*
Na natureza selvagem
Hotel Ruanda
As horas*
Clube da luta*
Pequena miss sunshine
O cheiro do ralo*
O fabuloso destino de Amelie Poulain
A língua das mariposas*
Mar adentro
O perfume
Adeus, Lênin
Tudo sobre minha mãe
Táxi driver
Paris, je t’aime
Camelos também choram
Persépolis
O filho da noiva
A experiência
Assassinos por natureza
Transamérica
Valentin
O casamento de Muriel
A lista de Shindler
O labirinto do Fauno
Frida
Forest Gunp
Lavoura arcaica
Ser e ter
E você? Qual é sua lista Top 10?
sábado, 26 de abril de 2008
Mudanças
A mudança é lenta, gradual. É preciso ter paciência e persistência. Mesmo assim, é quase impossível segurar a felicidade de perceber que sim, as mudanças estão acontecendo. Mudar não é nenhum desejo utópico, nenhum sonho distante. Trata-se simplesmente de querem mudar, persistir e saber que aos poucos as coisas vão acontecendo... As coisas demoraram anos para se tornarem o que são hoje, é natural que as mudanças também levem algum tempo.
Para que a mudança efetiva aconteça, não é possível ficar de braços cruzados. O trabalho é árduo, muitas vezes doloroso. É preciso ver aquilo que é óbvio, mas que nem sempre é visto. É preciso desconstruir hábitos e mergulhar fundo no desejo. É preciso entender a dinâmica que sustenta o modelo atual e estar disposto a abrir mão da segurança que ele proporciona.
Hoje comemoro algumas mudanças... pequenas, porém efetivas. E isso, ninguém me tira.
Para que a mudança efetiva aconteça, não é possível ficar de braços cruzados. O trabalho é árduo, muitas vezes doloroso. É preciso ver aquilo que é óbvio, mas que nem sempre é visto. É preciso desconstruir hábitos e mergulhar fundo no desejo. É preciso entender a dinâmica que sustenta o modelo atual e estar disposto a abrir mão da segurança que ele proporciona.
Hoje comemoro algumas mudanças... pequenas, porém efetivas. E isso, ninguém me tira.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
AHHHHHHHHHHHHH
A um passo do surtooooooooooooooooooooooooooooooooooo
oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Fragilidade
Não me proteja. Não me polpe dos detalhes mais sórdidos. Não esconda de mim aquilo que pode ser minha libertação, ainda que envolvida por muita dor. Trate-me como faz com os outros. Não sou mais frágil que ninguém. Lhe garanto que tenho recursos suficientes para suportar cada palavra que sai de sua boca. Não me proteja. A proteção é outra forma de me diminuir, de lhe confirmar minha fraqueza. Não me subestime, já suportei outras dores e sei que posso suportar as palavras ásperas e as verdades cruas. Sou mais forte do que você imagina, mas me mostro segundo seu olhar para mim. Tenho um jeito doce, uma voz suave e um olhar gentil. Sou assim. Aprendi a me apresentar assim aos olhos dos outros. Mas não me subestime, não caia nesse golpe. Você deveria ver além disso que as pessoas comuns vêem. Se você só vê a docura: parabéns, você é como os outros. Você só vê a casca. Você só vê aquilo que eu permito que vejam. Você não sabe de nada da minha história, da minha vida. Já passei por experiências que você só conhece de longe, talvez em cenas de cinema ou histórias contadas sobre um universo distante do seu. Não trago minha história estampada na cara. Trago minha história aqui dentro. E talvez, quando você parar de se enganar por minha aparência frágil, quando você parar de me subestimar, quando você parar de polpar de minhas próprias verdades... talvez aí você passe a saber um pouco mais de mim.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Tudo ao mesmo tempo agora
... a britadeira da construção ao lado me perturba muito calor para uma tarde tão bonita de quarta-feira hoje é dia de cinema mais barato não sou mais estudante portanto sem carteirinha logo Oba! hoje é quarta-feira dia de cinema mais barato café e pão de queijo o prazer em uma sábia combinação mineira como eu adoro tudo isso sei amar essas coisas boas da vida hoje sei gozar com prazeres mais simples mas não dispenso o luxo e a mordomia de um bom vinho com carpaccios acho que nasci pra ser madame cada dia tenho mais certeza disso porém madame que é madame não se preocupa com o preço da entrada no cinema e nem fica esperando a quarta feira para aproveitar a promoção droga estou a léguas de ser madame...
domingo, 6 de abril de 2008
Era uma vez...
Era uma vez um cão que passou a maior parte de sua vida vivendo com donos agressivos e pouco carinhosos. Esse cão não podia entrar em casa sem pedir permissão aos donos, não podia chegar perto sem antes perceber algum sinal de aprovação em sua aproximação. Ele estava acostumado a isso, e tinha como hábito de sobrevivência ser um cão cauteloso e humilde. Aprendeu a custa de muitas chineladas e chutes no rabo que não poderia expressar seus instintos mais básicos: pular em cima de seus donos, latir pedindo atenção, balançar o rabo como sinal de contentamento... todos esses comportamentos deveriam ser submetidos a controle interno rígido do pobre cãozinho, caso contrário, uma bela surra sobreria para ele.
Depois de longo tempo levando essa "vida de cão", o cãozinho já não se expressava naturalmente: ele era um cão domesticado, que vivia em função das vontades e humores de seus donos. Também já não havia o desejo legítimo de fugir, de correr pela rua. Mesmo com o portão aberto, o cãozinho já não fugia. Ele tinha medo. Não sabia do quê, mas sentia muito medo. Preferia viver com donos "não tão legais" a se aventurar nequela rua movimentada e cheia de perigos.
Um belo dia, sem entender as razões, o cão foi colocado dentro do carro por seu dono. Ele estranhou, aquilo nunca tinha acontecido. Seria um passeio? Não. Depois de muito tempo dentro do carro em movimento, uma freiada brusca o leva à percepção do que realmente estava acontecendo: o cão foi abandonado em um local desconhecido e distante, de onde não saberia voltar.
O que ele tinha feito de errado? Não teria sido obediente o suficiente? Não teria conseguido entender plenamente os desejos de seus donos e respondido a esses? Não havia respostas para suas inquietações. O cão passa então a vagar pela rua, na companhia de outros cães, vivendo os perigos dos carros em alta velocidade, passando fome e frio, sentido falta de um afago na cabeça (algo que tinha sido raro em sua vida, mas que lhe dava grande contentamento), sendo chutado para longe por pessoas desconhecidas, sem nenhum motivo aparente.
Certo dia, andando cabisbaixo por uma rua, o cão percebeu que alguém assobiava. Era um menino, de aproximadamente 12 anos, que acenava e tentava chamar a atenção do cãozinho. Mesmo desconhecendo o menino e sentindo-se um pouco desconfiado, o cão se aproximou. O menino logo foi lhe fazendo carinho. Era perceptível seu olhar de alegria mesclado a pedidos eufóricos: Mãe, posso ficar com ele? Por favor! Vamos levá-lo, ele gostou de mim. Você prometeu que ia deixar eu ter um cachorro...
O cãozinho observa aquela cena sem entender nada, mesmo assim acompanha o menino pela rua, rumo a um novo lar. Chegando em casa, seus novos donos lhe providenciam um colchonete velho, que servirá como cama no cantinho da varanda. Além disso ganhou um cobertor que, mesmo com alguns buracos, o aqueceria do frio e da solidão. Uma refeição quente chegou em seguida, acompanhada de afagos, risos, brincadeiras e muito amor.
Aquilo parecia um sonho. Nosso cãozinho jamais imaginou esse mundo de felicidade, nem mesmo em seus sonhos havia algo tão colorido e com tanto amor. Mas... e se esse amor acabasse? E se ele acordasse deste sonho? E se, como já acontecera uma vez, ele fosse colocado dentro de um carro e abandonado em uma rua distante? É possível perceber um olhar de aflição no cão. Ele teme, sente-se angustiado, algo de errado pode acontecer a qualquer momento.
Com todos esses temores, o cãozinho passa a ficar o tempo todo temeroso. Teme contrariar seus novos donos, teme ser mandado embora, teme não agradar o suficiente. Passa a não mais entrar na casa com medo de sujar o chão; sente necessidade entender o que os donos querem e tentar agradá-los; passa a não mais pular em seus donos quando estes chegam da rua, afinal ele podem não gostar desse comportamento; começa a não balançar o rabinho com tanto entusiasmo, talvez eles não gostem de cães tão eufóricos; é melhor não latir nem perseguir gatos, isso pode irrita-los... todos os comportamentos do cão é controlado por seu temor de ser abandonado.
E aos poucos, apático e triste, o cão vai ser tornando cada vez menos presente naquela família, cada vez menos participativo na vida daquela criança. O tempo passa e o menino cresce. Agora seus interesses são outros, agora não há tempo para um cão tão tristonho. Agora não há espaço para um cão quase inexistente. O dinheiro está curto, o tempo também, talvez seja melhor abandonar esse cão para que outra família, com mais condições e tempo possa cuidar dele. E novamente o cão entra no carro rumo a uma rua distante, de onde ele não sabe voltar.
Depois de longo tempo levando essa "vida de cão", o cãozinho já não se expressava naturalmente: ele era um cão domesticado, que vivia em função das vontades e humores de seus donos. Também já não havia o desejo legítimo de fugir, de correr pela rua. Mesmo com o portão aberto, o cãozinho já não fugia. Ele tinha medo. Não sabia do quê, mas sentia muito medo. Preferia viver com donos "não tão legais" a se aventurar nequela rua movimentada e cheia de perigos.
Um belo dia, sem entender as razões, o cão foi colocado dentro do carro por seu dono. Ele estranhou, aquilo nunca tinha acontecido. Seria um passeio? Não. Depois de muito tempo dentro do carro em movimento, uma freiada brusca o leva à percepção do que realmente estava acontecendo: o cão foi abandonado em um local desconhecido e distante, de onde não saberia voltar.
O que ele tinha feito de errado? Não teria sido obediente o suficiente? Não teria conseguido entender plenamente os desejos de seus donos e respondido a esses? Não havia respostas para suas inquietações. O cão passa então a vagar pela rua, na companhia de outros cães, vivendo os perigos dos carros em alta velocidade, passando fome e frio, sentido falta de um afago na cabeça (algo que tinha sido raro em sua vida, mas que lhe dava grande contentamento), sendo chutado para longe por pessoas desconhecidas, sem nenhum motivo aparente.
Certo dia, andando cabisbaixo por uma rua, o cão percebeu que alguém assobiava. Era um menino, de aproximadamente 12 anos, que acenava e tentava chamar a atenção do cãozinho. Mesmo desconhecendo o menino e sentindo-se um pouco desconfiado, o cão se aproximou. O menino logo foi lhe fazendo carinho. Era perceptível seu olhar de alegria mesclado a pedidos eufóricos: Mãe, posso ficar com ele? Por favor! Vamos levá-lo, ele gostou de mim. Você prometeu que ia deixar eu ter um cachorro...
O cãozinho observa aquela cena sem entender nada, mesmo assim acompanha o menino pela rua, rumo a um novo lar. Chegando em casa, seus novos donos lhe providenciam um colchonete velho, que servirá como cama no cantinho da varanda. Além disso ganhou um cobertor que, mesmo com alguns buracos, o aqueceria do frio e da solidão. Uma refeição quente chegou em seguida, acompanhada de afagos, risos, brincadeiras e muito amor.
Aquilo parecia um sonho. Nosso cãozinho jamais imaginou esse mundo de felicidade, nem mesmo em seus sonhos havia algo tão colorido e com tanto amor. Mas... e se esse amor acabasse? E se ele acordasse deste sonho? E se, como já acontecera uma vez, ele fosse colocado dentro de um carro e abandonado em uma rua distante? É possível perceber um olhar de aflição no cão. Ele teme, sente-se angustiado, algo de errado pode acontecer a qualquer momento.
Com todos esses temores, o cãozinho passa a ficar o tempo todo temeroso. Teme contrariar seus novos donos, teme ser mandado embora, teme não agradar o suficiente. Passa a não mais entrar na casa com medo de sujar o chão; sente necessidade entender o que os donos querem e tentar agradá-los; passa a não mais pular em seus donos quando estes chegam da rua, afinal ele podem não gostar desse comportamento; começa a não balançar o rabinho com tanto entusiasmo, talvez eles não gostem de cães tão eufóricos; é melhor não latir nem perseguir gatos, isso pode irrita-los... todos os comportamentos do cão é controlado por seu temor de ser abandonado.
E aos poucos, apático e triste, o cão vai ser tornando cada vez menos presente naquela família, cada vez menos participativo na vida daquela criança. O tempo passa e o menino cresce. Agora seus interesses são outros, agora não há tempo para um cão tão tristonho. Agora não há espaço para um cão quase inexistente. O dinheiro está curto, o tempo também, talvez seja melhor abandonar esse cão para que outra família, com mais condições e tempo possa cuidar dele. E novamente o cão entra no carro rumo a uma rua distante, de onde ele não sabe voltar.
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