Desisti temporariamente de minha batalha com o computador. Repito: temporariamente. O fato é que não tenho de continuar essa luta que me exigiria muitos neurônios, várias tentativas, telefonemas para amigos que sacam tudo de computer etc, etc, etc... Hoje não.
Hoje minha cabeça está a mil e sem tempo para esse joguinho de nervos. Se meu computador não quer me obedecer e colocar as fotos que eu escolho, tudo bem. Afinal, que mal há em deixá-lo expressar sua vontade às vezes. Aproveite meu caro amigo, pois hoje eu não lutarei contigo.
Dentre as várias coisas que atualmente ocupam minha mente, meu mais recente sintoma é o mais intrigante. Descobri que tenho bruxismo. Não, não sou uma bruxa, tampouco saio por aí enfeitiçando, distribuindo maçãs envenenadas ou fazendo sopa com perninhas de rã e teias de aranha. O que tenho é um forte ranger de dentes durante o período em que estou dormindo. É um barulho alto, ás vezes eu mesma acordo com o ruído. Segundo descrição de quem dorme ao meu lado, é como se eu estivesse mastigando uma balinha Halls enquanto durmo. Parece que meus dentes vão todos quebrar... que maravilha! Era o que me faltava.
Essa manhã, fiz o que a maioria faria nesta situação: entrei na net e pesquisei sobre meu novo problema e... bingo! A causa do bruxismo é a ansiedade e o estresse. Minha vontade é de rir. Aquela piada que escuto desde a faculdade se confirma: se envolve febre é virose, se não tem febre é estresse. No meu caso, o bruxismo não provoca febre... logo, a origem é o estresse. Como a origem do problema é o estresse e a ansiedade, o problema não tem cura. O que se deve fazer é diminuir esses fatores, buscar relaxar, fazer exercícios, ioga, meditação, psicoterapia etc.
Nos casos em que o bruxismo começa a prejudicar a arcada dentária, abalar os dentes ou inflamar a gengiva, a solução é o uso de uma prótese de silicone ou acrílico que evita o desgaste das articulações e protege os dentes.
Que maravilha!!! Agora, além de comprovadamente estressada, vou passar a dormir com um mordedor, quase uma focinheira (meu cachorro deve estar rindo de mim)... eu devo ter grudado chiclete na cruz, ou então passei roupa na tábua dos dez mandamentos em outra encarnação!
Vou aproveitar meu bom humor mórbido e marcar uma consulta com meu odontólogo. Veremos se meu caso tem solução...
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
A batalha - parte II
Ok, ok, ok... a máquina está vencendo, por enquanto.
Essa minha derrota momentânea teve o envolvimento de um fator crucial: a falta de tempo! Então, maquininha dos infernos, não comemore vitória antes da hora. Aqui quem escolhe as fotos sou EU e não você... Você não tem vontade própria, lembre-se sempre disso.
Aliás, só para constar, conversei com alguém que saca tuuuuuudo de computador e ele levantou algumas hipóteses sobre a falha... e principalmente sobre como corrigi-la.
Ou seja, minha vitória se aproxima.
Essa minha derrota momentânea teve o envolvimento de um fator crucial: a falta de tempo! Então, maquininha dos infernos, não comemore vitória antes da hora. Aqui quem escolhe as fotos sou EU e não você... Você não tem vontade própria, lembre-se sempre disso.
Aliás, só para constar, conversei com alguém que saca tuuuuuudo de computador e ele levantou algumas hipóteses sobre a falha... e principalmente sobre como corrigi-la.
Ou seja, minha vitória se aproxima.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
A batalha - parte I
Fazem quase 2 horas que estou tentando postar algumas fotos lindinhas escolhidas entre outras 300 da minha viagem ao Chile. Contudo, meu computador resolveu travar uma batalha incansável e não aceita as fotos que eu escolho. Ele tem vontade própria e escolhe outras fotos a minha revelia. Aliás, quase sempre as piores fotos que tenho no album. Quero deixar bem claro para este meu brinquedinho eletrônico que eu não desisti da luta, apenas estou cansada e tenho mais o que fazer. Amanhã eu volto e provo pra quem quiser conferir que nesta batalha entre o homem (ou melhor, a mulher!!!) e a máquina só pode haver um vencedor... c'est moi!
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Falando demais
As vezes sinto-me uma criança, imatura, birrenta, falando pelos cotovelos (o que devo e principalmente o que não devo)... e depois me arrependo por falar demais, por confiar demais, por me expor demais, por ser ingênua demais.
Tem certas coisas que pensamos e que devemos levar conosco, que devemos engolir seco, que não devemos repartir com ninguém. As pessoas não compreendem o mundo a partir do meu ponto de vista. As pessoas não são obrigadas a concordar com o que eu penso. As pessoas não têm os mesmos padrões morais que eu. E as pessoas podem reagir da pior forma possível a isso.
Então, por que eu insisto em falar tanto? Por que eu entrego de bandeja tudo o que pode (e provavelmente será) utilizado contra mim? Por que eu preciso me expor tanto? Que porra de necessidade é essa? Por que eu insisto nesse tipo de comportamento mesmo sabendo que me faz mal? Será que mesmo com 28 anos nas costas e cometendo sempre o mesmo erro, eu não sou capaz de aprender as conseqüências disso???
Talvez a saída seja um voto de silêncio... mas no meu caso isso é quase impossível. Ou talvez deva me comportar como uma pessoa qualquer, que não tem quase nada na cabeça, muito menos opinião própria. Acho que é isso que devo fazer. A partir de agora vou falar apenas abobrinhas, coisas fúteis e bobagens cotidianas. Vou parar de expor o que realmente penso e sinto, agora só falarei amenidades. Nada que vá muito além do babado da última festa daquela boate, ou do último paredão do Big Brother, ou ainda sobre a última novidade em dieta e lipo.
Bom dia, futilidade... aí vou eu!
Tem certas coisas que pensamos e que devemos levar conosco, que devemos engolir seco, que não devemos repartir com ninguém. As pessoas não compreendem o mundo a partir do meu ponto de vista. As pessoas não são obrigadas a concordar com o que eu penso. As pessoas não têm os mesmos padrões morais que eu. E as pessoas podem reagir da pior forma possível a isso.
Então, por que eu insisto em falar tanto? Por que eu entrego de bandeja tudo o que pode (e provavelmente será) utilizado contra mim? Por que eu preciso me expor tanto? Que porra de necessidade é essa? Por que eu insisto nesse tipo de comportamento mesmo sabendo que me faz mal? Será que mesmo com 28 anos nas costas e cometendo sempre o mesmo erro, eu não sou capaz de aprender as conseqüências disso???
Talvez a saída seja um voto de silêncio... mas no meu caso isso é quase impossível. Ou talvez deva me comportar como uma pessoa qualquer, que não tem quase nada na cabeça, muito menos opinião própria. Acho que é isso que devo fazer. A partir de agora vou falar apenas abobrinhas, coisas fúteis e bobagens cotidianas. Vou parar de expor o que realmente penso e sinto, agora só falarei amenidades. Nada que vá muito além do babado da última festa daquela boate, ou do último paredão do Big Brother, ou ainda sobre a última novidade em dieta e lipo.
Bom dia, futilidade... aí vou eu!
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Top 10 do Chile - 2008
[1] Visitar as viñas degustando os melhores vinhos nacionais.
[2] O cães de Santiago.
[3] A civilidade, educação e gentileza do povo chileno.
[4] Os elevados de Valparaíso.
[5] Mergulho no lago Villa Rica em Pucón.
[6] Pisco sour, muito pisco sour.
[7] Pizza e vinho no Pátio Bela Vista.
[8] Passeio pelo centro de Santiago e pelo parque fllorestal.
[9] As paisagens belíssimas de Pucón.
[10] Durmir e acordar juntinho.
... não necessariamente nessa ordem...
O que é o oposto do Top 10?
Não sei o nome mas, aí vai a lista:
[1] A não subida no Vulcão Villa Rica.
[2] A grana gasta na não subida no Vulcão Villa Rica.
[3] Me sentir péssima por ter sido a única do grupo a não subir.
[4] Constatar que estou fora de forma.
[5] Decidir largar a bohemia, me tornar uma atleta e ouvir gargalhadas das amigas.
[6] A mania que os chilenos têm de buzina.
[7] O porto de Valparaíso.
[8] Detonar o único tênis que eu tinha pra virar uma atleta.
[9] Voltar pra minha cidade e ver que continua tudo igual.
[10] Constatar novamente minha mania imbecil de listas!
... não necessariamente nesta ordem...
[2] O cães de Santiago.
[3] A civilidade, educação e gentileza do povo chileno.
[4] Os elevados de Valparaíso.
[5] Mergulho no lago Villa Rica em Pucón.
[6] Pisco sour, muito pisco sour.
[7] Pizza e vinho no Pátio Bela Vista.
[8] Passeio pelo centro de Santiago e pelo parque fllorestal.
[9] As paisagens belíssimas de Pucón.
[10] Durmir e acordar juntinho.
... não necessariamente nessa ordem...
O que é o oposto do Top 10?
Não sei o nome mas, aí vai a lista:
[1] A não subida no Vulcão Villa Rica.
[2] A grana gasta na não subida no Vulcão Villa Rica.
[3] Me sentir péssima por ter sido a única do grupo a não subir.
[4] Constatar que estou fora de forma.
[5] Decidir largar a bohemia, me tornar uma atleta e ouvir gargalhadas das amigas.
[6] A mania que os chilenos têm de buzina.
[7] O porto de Valparaíso.
[8] Detonar o único tênis que eu tinha pra virar uma atleta.
[9] Voltar pra minha cidade e ver que continua tudo igual.
[10] Constatar novamente minha mania imbecil de listas!
... não necessariamente nesta ordem...
Conversa inútil
Na rodoviária escuto este belo diálogo:
- O livro tem umas quinhentas páginas. Quinhentas! Eu comecei a ler no sábado e já estou quase acabando.
- Quinhentas? E você está lendo? Não acredito que você está lendo.
- Estou sim, e tem quinhentas páginas.
- O livro tem umas quinhentas páginas. Quinhentas! Eu comecei a ler no sábado e já estou quase acabando.
- Quinhentas? E você está lendo? Não acredito que você está lendo.
- Estou sim, e tem quinhentas páginas.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
O dia em que meu corpo me derrotou
Depois de preparar cuidadosamente uma sacola com sanduiches de "jamón y queso", verificar água e chocolates, enquanto degustava um vinho nacional, estava pronta para dormir. Já eram 00:30 hs e sabia que tinha que estar pronta para partir com o grupo as 3:55 hs. As 3:15 hs acordei sonolenta, mas logo o sono foi substituido por uma grande euforia: eu iria subir o vulcao Villarica, um dos mais altos de Pucón - Chile, e ainda em atividade.
A van nos leva por um caminho longo e cheio de curvas, em direçao a base do vulcao. Todos estao calados. Ente nós (eu e Alexandre - brasileños) há também um noroeguês, americanos, alemaes, israelitas e os guias chilenos. A expectativa é grande em todos, principalmente em mim.
Ao chegar na base, calçamos as pesadas botas, recebemos um instrumento que se parece com uma picareta e nos reunimos em círculo para escutar as instruçoes dos guias... instruçoes em inglês. Que beleza, me sinto um ET. Depois das explicaçoes peço que repita tudo "em español para la chica brasileña".
Ok, começamos a subida em fila indiana. A terra por onde pisamos é totalmente diferente de tudo o que eu já vi. É areia vulcânia, escura, quase preta e muito pesada. A sensaçao é como se eu pisasse em uma areia muito fofa, mas grossa, atolando os pés até a altura dos tornozelos, com botas pesadíssimas, numa subida muito íngrime e deslizante. Subo 3 passos e escorrego 2. O ritmo é pesado, frenético, numa escuridao quase total.
Comecei a subida na parte inicial da fila. A mochila que carrego pesa cerca de 20 quilos, agora parece pesar 100. Depois de alguns minutos nao estou no início da fila, mas no meio, pouco depois estou ficando cada vez mais para trás. Me dou conta de que sou a segunda pessoa mais velha do grupo (o mais velho é o Alexandre), todos ali têm entre 19 e 23 anos, incluindo os guias. E todos praticam esportes!
Naquele momento percebi que estava fudida (com o perdao da palavra totalmente adequada!). As pernas começam a falhar, a boca fica seca e minha visao escurece por alguns segundos. Paro para tomar água. Um dos guias me auxilia, pede para que o siga "despacio pero constante, sin parar". Ele me lembra que temos mais 8 horas de passeio, sendo 5 de subida íngrime em terreno muito instável.
Continuo caminhando, devagar mas constante, atrás de Rubéns, meu guia e simpático anjo da guarda, descendente de um cacique mapuche. Mais algun s minutos e minhas pernas perdem quase totalmente a força. Vou cair. Minha mochila parece pesar ma tonelada. Respiro fundo, paro por alguns segundos e repito alto: o que é isso? Vamos lá? Coragem!!! Rubens acha engraçado e admira meu senso de humor, diz que é importante para chegar ao alto.
Tiro forças nao sei de onde e firmo o passo. Piso forte. Tenho que continuar a caminhada, afinal, logo o sol vai nascer e quanto mais alto eu subir, mais lindo será o espetáculo.
Depois de mais alguns minutos meu corpo se recusa a continuar. Páro para vomitar tudo o que existe e o que nao existe no meu estômago. Meu corpo nao aceita a caminhada. Rubens diz que essa é uma reaçao normal do organismo diante de um esforço físico extremo, para o qual ele nao está adaptado.
Minha vontade de vomitar e de desmaiar é imensa. Triste, pergunto o quanto andamos e quanto falta. Andamos menos de 15% do percurso e a subida final é ainda mais pesada. Quero chorar, mas estou passando muito mal para isso. Tenho que voltar. Nao consigo subir. Rubens desce comigo enquanto o resto do grupo segue em frente. Ele é um guia gente-boa e tenta me alegrar, brinca, diz que muitos nao conseguem , que isso é comum a quem nao pratica exercícios, espera o sol nascer comigo e depois me leva até a base.
As 9:00 hs já estou no quanrto do hotel. Triste, cansada, frustrada, 25000 pesos chilenos mais pobre (eles fizeram um desconto de 10000 pesos de consolo), e com a certeza de que tenho que praticar exercícios ou meu corpo continuará me derrotando.
A van nos leva por um caminho longo e cheio de curvas, em direçao a base do vulcao. Todos estao calados. Ente nós (eu e Alexandre - brasileños) há também um noroeguês, americanos, alemaes, israelitas e os guias chilenos. A expectativa é grande em todos, principalmente em mim.
Ao chegar na base, calçamos as pesadas botas, recebemos um instrumento que se parece com uma picareta e nos reunimos em círculo para escutar as instruçoes dos guias... instruçoes em inglês. Que beleza, me sinto um ET. Depois das explicaçoes peço que repita tudo "em español para la chica brasileña".
Ok, começamos a subida em fila indiana. A terra por onde pisamos é totalmente diferente de tudo o que eu já vi. É areia vulcânia, escura, quase preta e muito pesada. A sensaçao é como se eu pisasse em uma areia muito fofa, mas grossa, atolando os pés até a altura dos tornozelos, com botas pesadíssimas, numa subida muito íngrime e deslizante. Subo 3 passos e escorrego 2. O ritmo é pesado, frenético, numa escuridao quase total.
Comecei a subida na parte inicial da fila. A mochila que carrego pesa cerca de 20 quilos, agora parece pesar 100. Depois de alguns minutos nao estou no início da fila, mas no meio, pouco depois estou ficando cada vez mais para trás. Me dou conta de que sou a segunda pessoa mais velha do grupo (o mais velho é o Alexandre), todos ali têm entre 19 e 23 anos, incluindo os guias. E todos praticam esportes!
Naquele momento percebi que estava fudida (com o perdao da palavra totalmente adequada!). As pernas começam a falhar, a boca fica seca e minha visao escurece por alguns segundos. Paro para tomar água. Um dos guias me auxilia, pede para que o siga "despacio pero constante, sin parar". Ele me lembra que temos mais 8 horas de passeio, sendo 5 de subida íngrime em terreno muito instável.
Continuo caminhando, devagar mas constante, atrás de Rubéns, meu guia e simpático anjo da guarda, descendente de um cacique mapuche. Mais algun s minutos e minhas pernas perdem quase totalmente a força. Vou cair. Minha mochila parece pesar ma tonelada. Respiro fundo, paro por alguns segundos e repito alto: o que é isso? Vamos lá? Coragem!!! Rubens acha engraçado e admira meu senso de humor, diz que é importante para chegar ao alto.
Tiro forças nao sei de onde e firmo o passo. Piso forte. Tenho que continuar a caminhada, afinal, logo o sol vai nascer e quanto mais alto eu subir, mais lindo será o espetáculo.
Depois de mais alguns minutos meu corpo se recusa a continuar. Páro para vomitar tudo o que existe e o que nao existe no meu estômago. Meu corpo nao aceita a caminhada. Rubens diz que essa é uma reaçao normal do organismo diante de um esforço físico extremo, para o qual ele nao está adaptado.
Minha vontade de vomitar e de desmaiar é imensa. Triste, pergunto o quanto andamos e quanto falta. Andamos menos de 15% do percurso e a subida final é ainda mais pesada. Quero chorar, mas estou passando muito mal para isso. Tenho que voltar. Nao consigo subir. Rubens desce comigo enquanto o resto do grupo segue em frente. Ele é um guia gente-boa e tenta me alegrar, brinca, diz que muitos nao conseguem , que isso é comum a quem nao pratica exercícios, espera o sol nascer comigo e depois me leva até a base.
As 9:00 hs já estou no quanrto do hotel. Triste, cansada, frustrada, 25000 pesos chilenos mais pobre (eles fizeram um desconto de 10000 pesos de consolo), e com a certeza de que tenho que praticar exercícios ou meu corpo continuará me derrotando.
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