quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

O sonho

Há alguns dias tive um sonho muito estranho e certamente bastante significativo. Imagens deste sonho têm me perseguido diariamente com uma clareza assustadora. Enfim, eis meu sonho:
Estava em um churrasco, cercada de pessoas conhecidas mas que não eram muito próximas. Penso que talvez fosse um churrasco de alguns alunos, mas não estou certa disso. Nesse churrasco aconteceu uma briga e uma das pessoas pegou uma arma e atirou. O tiro acidentalmente acertou-me no peito, bem no centro, na altura do coração. Contudo, nada de grave me aconteceu. A bala era "ruim" e não conseguiu perfurar o osso, apenas furou minha pele e ficou encravada no osso, sem atinguir nenhum órgão vital. Eu continuei lúcida e tranquila, apenas pedi licença às pessoas dizendo que precisava ir a um hospital. As pessoas não se incomodaram muito e continuaram a animada festa. Alguém me deu carona, iria me levar até alguém da minha família para que então eu fosse para o hospital. Ao encontrar as pessoas da minha família, também nada foi imediato. Pegamos um grande congestionamento na avenida Araguaia, lá estava acontecendo um desfile de carnaval (em pleno dezembro!), depois ainda tivemos que ir até o campus da UFG resolver algumas coisas do meu pai, e ainda passei por uma reunião de professores de uma das faculdades onde trabalho. Enfim, não conseguia chegar até um hospital pra tratar daquela ferida, sempre alguma atividade, algum compromisso (meu ou dos outros) me impedia. O que mais me chamou a atenção porém não foi isso, mas sim a imagem da bala encrustada do meu peito. O tempo todo eu olhava para aquela ferida aberta e a bala funcionava como uma espécie de rolha, tapando o sangue que tentava escorrer. Em alguns momentos eu tentei remover a bala com as mãos, mas toda vez que fazia isso o sangue começava a brotar e tudo que estava dentro ameaçava sair, escorrer em grande intensidade. O sonho não tem um fim, eu acordei antes disso... mas a imagem dessa ferida não me sai da cabeça, assim como as primeiras leituras que faço dela. E tem gente que ainda não acredita no inconsciente...

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