domingo, 24 de junho de 2012

O fim da ilusão do controle

Um traço bastante característico da minha personalidade é a tendência controladora. Esse pode ser um aspecto desconhecido para quem me conhece pouco, mas quem me conhece intimamente sabe que quero sempre "fazer algo", consertar as coisas, fazer com que tudo aconteça como eu planejei... E, em função dessa tendência, estou sempre falando, agindo, tentando convencer alguém, persuadindo, indo atrás para que as coisas aconteçam como eu quero. Eu não fico parada esperando as "coisas acontecerem".
Confesso que gosto desse meu jeito e, no fundo, me orgulho de ser assim. Por outro lado, é justamente essa minha característica que tem me passado a maior rasteira de todos os tempos: a completa falta de controle sobre a vida!
À duras penas tenho me deparado diariamente com minha completa impossibilidade de modificar as coisas ao meu redor. As coisas simplesmente não acontecem como eu gostaria, não importa o que eu faça!
Simultaneamente a situação de meu trabalho, de minha mãe, de minha saúde, minhas relações etc... tudo foge ao meu controle. Não há conversa, não há mudança de comportamento, não há reunião, não há NADA que eu possa fazer nestes casos. A vida simplesmente tem um curso próprio, independente da minha vontade. E o que fazer com isso...
No meu caso, aceitar. Não posso fazer nada além de aceitar, tentar acalmar meu coração, procurar ser menos atingida pelas coisas ao me redor e buscar cuidar de mim mesma. Apenas isso.
Parece simples, mas aceitar minha impotência frente a vida é uma tarefa muito dura. É ir contra parte de minha essência.

Nenhum comentário: